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Em mais uma defesa de título, Real é desafiado pelo ataque do Liverpool

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A data mais aguardada da temporada europeia chegou. E novamente com o Real Madrid, detentor de 12 títulos e atual bicampeão, em um dos lados da final da Liga dos Campeões. O desafiante ao cinturão europeu é o Liverpool, que voltou a se impor no continente depois de 11 anos e colecionou motivos para acreditar que pode derrubar o já histórico time comandado por Zidane. A decisão, cercada de simbolismos, começa às 15h45m, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia. 

Além de buscar o quarto troféu da Liga dos Campeões em cinco anos, o Real Madrid levou a melhor nas seis últimas finais que jogou (1998, 2000, 2002, 2014, 2016 e 2017). A última derrota foi justamente para o Liverpool, que conquistou o terceiro de seus cinco títulos europeus em 1981. O mais recente deles foi em 2005, nos pênaltis, após épico duelo com o Milan. E os ingleses não vencem um torneio qualquer desde 2012, quando faturaram a Copa da Liga Inglesa, terceiro torneio mais importante do país.

“Tenho certeza que, segundos antes do jogo, o Real Madrid estará mais confiante do que nós. A experiência deles é uma grande vantagem, mas, em um jogo, a experiência nem sempre ajuda. Somos o Liverpool. Este clube tem em seu DNA lutar por grandes objetivos”, ressaltou o técnico Jürgen Klopp.

O treinador alemão vive seu ápice no Liverpool desde que chegou ao clube, em outubro de 2015. Klopp implementou seu estilo de jogo “caótico” e desenvolveu um ataque avassalador formado por Salah, Firmino e Mané, que castiga nos contra-ataques em altíssima velocidade. Mesmo sem Philippe Coutinho, uma das principais referências técnicas, desde janeiro, a competitividade e o poderio ofensivo se mantiveram intactos. 

Para exemplificar o abismo de experiência citado por Klopp, todos os titulares do Real Madrid disputaram – e venceram – pelo menos duas finais de Liga dos Campeões. Já o Liverpool não possui um único atleta que tenha decidido o torneio.

Campeão como jogador em 2002, e como técnico em 2016 e em 2017, Zidane rechaçou qualquer favoritismo do Real Madrid. “Podem dizer muitas coisas, mas sabemos que não é assim. É 50% para cada lado, como sempre nas finais. Dentro de nosso vestiário não nos sentimos favoritos de nada. Chegamos aqui com muito talento e segurança, mas principalmente trabalho. Chegar a uma final não é nada fácil, e estou feliz de jogá-la outra vez”, destacou.

A final de Kiev também marca o confronto entre os convocados por Tite que ainda não se juntaram à concentração da seleção. De um lado, Marcelo e Casemiro, que podem se isolar como brasileiros com maior número de títulos europeus – quatro. Do outro, Firmino, atrás de seu primeiro troféu no futebol desde que estreou pelo Figueirense, em 2009.

Real Madrid: Keylor Navas, Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Kroos, Modric e Isco; Bale (Benzema) e Cristiano Ronaldo. Liverpool: Karius, Alexander-Arnold, Lovren, van Dijk e Robertson; Henderson, Milner e Wijnaldum; Salah, Roberto Firmino e Mané. Juiz: Milorad Mazic (Sérvia).