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Jogos Olimpícos de Inverno terminam como os "Jogos de novos horizontes"

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Depois de 16 dias de competição e meses de gestão diplomática, os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang terminaram neste domingo com uma cerimônia que resumiu os 'Jogos da Paz': a presença de uma delegação norte-coreana de alto nível, mas sem a bandeira russa.

No campo esportivo, a grande vencedora foi a Noruega, que liderou o quadro de medalhas, com 39, sendo 14 de ouro.

O general norte-coreano Kim Yong Chol e a filha do presidente americano Donald Trump, Ivanka, assistiram a cerimônia de encerramento em Pyeongchang.

De acordo com imagens da área VIP do Estádio Olímpico, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, apertou a mão de Ivanka Trump e logo depois do general Kim Yong Chol, sentando uma fila atrás da filha do presidente dos Estados Unidos.

Mais cedo, a delegação norte-coreana, liderada por um polêmico general considerado um "criminoso de guerra" pela oposição sul-coreana, foi recebida pelo vice-ministro da Unificação de Seul, Chun Hae-sung, no posto fronteiriço de Dorasan.

A visita de Kim Yong Chol provocou a ira da oposição conservadora sul-coreana, porque ele é suspeito de ter ordenado os disparos de torpedo contra a corveta sul-coreana Cheonan em 2010, que matou 46 pessoas. Pyongyang sempre negou qualquer responsabilidade.

Centenas de pessoas protestaram perto da fronteira durante a noite e exigiram que Kim Yong Chol "pedisse desculpas de joelho às famílias das vítimas".

Mas os Jogos de Pyeongchang-2018, que começaram em 9 de fevereiro, foram o cenário de uma aproximação espetacular entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, que oficialmente estão em guerra desde 1953.

O presidente do COI, Thomas Bach, agradeceu em seu discurso os gestos das duas Coreias, que desfilaram juntas nas cerimônias de abertura e encerramento e formaram uma equipe conjunta feminina de hóquei no gelo.

"Desfilando juntos compartilharam a fé em um futuro pacífico", disse o alemão. 

"Mostraram como o esporte, em nosso mundo frágil, reúne os povos. Mostraram como o esporte constrói pontes", completou Bach.

O presidente do COI destacou Pyeongchang-2018 como os "Jogos de novos horizontes".

"Os Jogos receberam novas provas que atraem jovens gerações. A tecnologia digital permitiu a um maior número de países assistir os esportes de inverno de múltiplos modos. Posso afirmar sinceramente: os Jogos Olímpicos de Pyeongchang-2018 são os Jogos de novos horizontes".

Poucas horas antes da cerimônia de encerramento, o COI decidiu manter a suspensão da Rússia por doping e a bandeira do país não foi exibida no evento final dos Jogos.

Com mais de 2.900 atletas, 102 títulos olímpicos foram disputados em 16 dias de competição. E a grande vencedora foi a pequena Noruega, que tem pouco mais de cinco milhões de habitantes. 

O país terminou como líder no quadro de medalhas, com 14 medalhas de ouro e 39 no total.

A Alemanha ficou em segundo lugar, com o mesmo número de ouros, mas 31 medalhas no total.

As 39 medalhas da Noruega representam um recorde de pódios para um país em apenas uma edição dos Jogos de Inverno. A marca anterior pertencia aos Estados Unidos (37 em Vancouver-2010).

O principal nome do país no evento foi Marit Björgen, que neste domingo ampliou seu recorde de pódios em Jogos Olímpicos de Inverno ao conquistar sua 15ª medalha, o ouro, nos 30 km do esqui cross-country de Pyeongchang. 

Börgen chegou na Coreia do Sul com 10 medalhas, conquistadas desde os Jogos de Salt Lake City em 2002.

Em Pyeongchang-2018 ela também conquistou o ouro na prova de revezamento 4x5 km, a prata no 7,5 km sprint + 7,5k m esquiatlo e o bronze nos 10 km livre e na prova de velocidade por equipes do esqui cross-country.

Em sua coleção de conquistas olímpicas, Björgen tem oito medalhas de ouro, quatro de prata e três de bronze.

Os Jogos Olímpicos continuarão na Ásia: a edição de verão em 2020 acontecerá em Tóquio, enquanto a competição de inverno de 2022 será organizada por Pequim.