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Donnarumma nega ter sofrido 'violência moral' do Milan

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O goleiro Gianluigi Donnarumma publicou nesta quinta-feira (14) uma mensagem em seu Instagram negando ter acusado o Milan de "violência moral" na renovação de seu contrato, assinada em julho passado.

A informação havia sido publicada no início da semana pelo jornal "Corriere della Sera", que disse que o jovem arqueiro de 18 anos, por meio de seu agente, Mino Raiola, enviara uma carta à direção do clube pedindo a anulação do novo vínculo.

No documento, segundo o "Corriere", Donnarumma teria dito que fora alvo de "pressões psicológicas" para aceitar a renovação. "Foi uma noite horrível, e eu não esperava. Nunca disse nem escrevi que sofri violência moral quando assinei o contrato. Apesar de tudo, olho para a frente e com a cabeça na próxima partida. Força, Milan!", escreveu "Gigio".

Na última quarta-feira (13), na partida contra o Hellas Verona, os ultras milanistas vaiaram o goleiro e estenderam uma faixa exigindo sua saída do clube. "Violência moral com 6 milhões [de euros] por ano e a contratação de um irmão parasita? Vá embora, a paciência acabou!", dizia a faixa.

A renovação estendeu o contrato de Donnarumma, que terminaria em junho de 2018, até 2021, com um salário anual de quase 6 milhões de euros. Além disso, o Milan acertou com o também goleiro Antonio Donnarumma, irmão mais velho do titular. Durante as negociações, repletas de idas e vindas, "Gigio" foi duramente criticado pela torcida e ganhou o apelido de "Dollarumma".

A direção do Milan tratava o assunto da suposta carta com discrição, já que acreditava ser uma jogada de Raiola para desestabilizar o ambiente no time e tentar forçar a saída de seu cliente para outro clube.

No entanto, o elenco e o técnico rossonero, Gennaro Gattuso, demonstraram apoio ao goleiro - o zagueiro Leonardo Bonucci foi filmado consolando um Donnarumma em lágrimas no vestiário da partida contra o Verona.

Os ultras milanistas haviam cobrado uma declaração pública do arqueiro sobre o imbróglio e querem que ele se afaste de seu agente. "Se a família diz que essas coisas não são verdadeiras, é preciso tomar decisões. Agora é Donnarumma quem deve decidir", disse Giancarlo Capelli, um dos líderes da Curva Sud, principal organizada do Milan.