ASSINE
search button

Apesar das rendas milionárias, clubes cariocas não se livram do prejuízo

Compartilhar

Depender da bilheteria dos jogos para desafogar os gastos é uma realidade distante dos clubes do Rio, notadamente para quem utiliza o Maracanã. Nem mesmo em clássicos recentes, como o Fla x Flu e o Vasco x Botafogo da semana passada, houve arrecadação suficiente para cobrir pelo menos os custos de hospedagem, alimentação e transporte das equipes.

Isso contrasta, por exemplo, com o que ocorreu em Palmeiras x Santos (dia 30 de setembro) e São Paulo x Corinthians (dia 24 do mês passado).

No Fla x Flu, a renda foi de R$ 1,240 milhão e a cota final de cada clube ficou em R$ 12,8 mil. Um acordo entre ambos estabeleceu a divisão. No sábado (14 de outubro), o Vasco atuou como o mandante no jogo com o Botafogo, também no Maracanã. A renda chegou a R$ 1,063 milhão e o clube de São Januário só recebeu R$ 38 mil – quantia que não cobre o investimento com a concentração da equipe, desde a véspera da partida.

Em Palmeiras x Santos, o montante da bilheteria alcançou R$ 2,760 milhões no Allianz Parque. E sobrou para os donos da casa uma quantia volumosa: R$ 2,096 milhões. Já no clássico disputado no Morumbi, seis dias antes, a renda foi de R$ 1,719 milhão. Como as despesas somaram R$ 475 mil, o São Paulo ganhou, líquido, o total de R$ 1,243 milhão.

O prejuízo no Maracanã também afetou o Fluminense, que levou o jogo do último sábado com o Avaí para o estádio. O borderô deixou o Tricolor no vermelho: R$ 296 mil, negativos.

Esses disparates têm relação direta com as taxas altas cobradas no Maracanã. Só com o aluguel do espaço para a realização do Fla x Flu, a concessionária que o administra fixou o valor em R$ 250 mil.