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Com Rodrigo Caio e Jô, clássico tem polêmico fair play de volta à tona

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Pivôs de controverso lance envolvendo fair play , Rodrigo Caio e Jô se reencontrarão neste domingo, a partir das 11 horas (de Brasília), no Morumbi. Será o segundo embate entre os dois depois do episódio que originou a polêmica, coincidentemente reacendida na semana que antecede o Majestoso válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Tudo começou no dia 16 de abril, quando o Corinthians bateu o São Paulo por 2 a 0, no Morumbi, pela primeira semifinal do Campeonato Paulista. Na ocasião, Rodrigo Caio isentou Jô de culpa por falta em Renan Ribeiro e o livrou do cartão amarelo, que o suspenderia do jogo de volta - no qual, inclusive, marcou um gol.

"Ele serviu de exemplo não só para nós jogadores, mas para toda a humanidade, para nosso mundo de hoje. Pessoas honestas são difíceis de achar e ele fez isso com a maior tranquilidade por ser a pessoa que é, pelo caráter que tem. Agora somos responsáveis por qualquer situação que tiver dentro de campo, temos a obrigação de fazer o certo e de não esconder o erro", disse Jô, no dia seguinte àquela partida.

O que fez o debate em torno do fair play voltar à tona foi o gol de mão marcado por Jô na vitória corintiana por 1 a 0 sobre o Vasco, no último domingo, em Itaquera. Instantes após a partida, o centroavante não admitiu ter empurrado a bola para as redes com o braço. "Não vi se foi com a mão ou não, mas o juiz interpretou que não foi, o importante é que já fizemos os três pontos. Eu não vi. Se eu tivesse convicção eu ia falar", falou na ocasião.

Depois de ter sido absolvido pelo técnico Fábio Carille e pelo companheiro Rodriguinho, Jô assumiu a infração apenas na terça-feira, véspera da partida contra o Racing, na Argentina, pela Copa Sul-Americana. "Não tive a intenção de colocar a mão na bola. Realmente a gente viu, a imagem mostrou. A minha intenção não é fazer nada errado. Quem me conhece sabe, tenho caráter e tenho sido exemplo para os jogadores", defendeu-se.

Companheiro de Jô, Guilherme Arana emitiu opinião contraditória sobre o assunto nesta sexta-feira. "Nunca houve fair play . Tem que continuar do jeito que está. Todos erram, somos seres humanos. Tem que continuar assim. Tenho certeza de que vai melhorar nesse aspecto", analisou o lateral esquerdo.

Já o técnico Dorival Júnior contemporizou ao minimizar a polêmica às vésperas do clássico. "A partir do momento em que a bola rolar, isso será esquecido. Não podemos só penalizar um ser humano como o Jô, profissional, por uma atitude como essa. Ao contrário. Atitudes como a do Rodrigo Caio poderiam ser mais frequentes. Espero que as coisas aconteçam normalmente em campo. Que não tenha polêmicas ou violência, mas sim um grande espetáculo", avaliou.

O Majestoso será apitado pelo carioca Wagner do Nascimento Magalhães, que tem a confiança do treinador são-paulino, favorável ao uso do árbitro de vídeo - a tecnologia não será implementada nesta rodada.

"Eu acredito que não tenhamos motivos reais para ter uma arbitragem tensa. A arbitragem terá tudo necessário para decidir da melhor maneira possível. Mas precisa de árbitro de vídeo urgente. Futebol é o único esporte coletivo que não muda. É uma pena. Não sou favorável também a mudar dentro de uma competição, tem que ser em suas estreias", opinou Dorival.

Se Rodrigo Caio e Jô ocupam o centro das atenções pelo mesmo motivo, São Paulo e Corinthians buscam atingir metas completamente distintas no Campeonato Brasileiro. O Timão, líder do torneio com 53 pontos, busca disparar ainda mais na ponta da tabela, enquanto o Tricolor, que soma apenas 27 pontos no 17º lugar, tenta a vitória para finalmente deixar a famigerada zona de rebaixamento.