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Eliminada na Série D, Lusa chega ao fundo do poço no futebol

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Desde 2013, a Portuguesa sofreu três quedas no Brasileiro e assim chegou pela primeira vez à Série D, em 2017. Só que sua presença na competição se encerrou neste domingo, precocemente. A Lusa perdeu fora de casa para a Desportiva-ES (1 a 0) e nem sequer se classificou para a segunda fase. Com uma dívida em torno de R$ 200 milhões, o clube agora corre sério risco de ficar fora de todas as divisões do Brasileiro em 2018, uma vez que só poderá jogar na próxima edição da Série D se vencer a Copa Paulista, que começa na próxima sexta e se estenderá até novembro.

O ocaso da Portuguesa começou, para muitos, com o descenso, no tapetão, da Série A para a Segunda Divisão nacional em 2013 – a Lusa foi punida por escalar um jogador em condição irregular, o meia Héverton, na última rodada daquele Brasileiro e perdeu quatro pontos. A decisão da justiça esportiva lhe deixou na 17ª posição. Em campo, ela tinha alcançado o 12º lugar, e quem estava sendo rebaixado era o Fluminense.

A partir de então, a queda se acentuou. Em 2014, o time foi o último colocado na Série B e amargou novo rebaixamento. Tentou se recuperar em 2015, onde conseguiu chegar à segunda fase da Série C. Mas estacionou ali, após dois confrontos com o Vila Nova-GO. Em 2016, nova decepção com campanha muito ruim na Terceira Divisão e outro descenso.

Esperava-se uma reação nesta temporada. A Lusa estava num grupo difícil, com Bangu, Vila Nova-MG e Desportiva. Por tradição, era a favorita. Mas começou tropeçando e quando reagiu, ao vencer o Bangu em casa por 3 a 0 na semana passada, entrou na última rodada dependendo apenas de si para seguir adiante. No entanto, acabou derrotada para a Desportiva, com um gol marcado com apenas três minutos de jogo, e se despediu do Brasileiro.

Através de nota divulgada no site oficial e assinada pelo presidente Alexandre Barros, o clube garante que irá participar da Copa Paulista (divisão que dá acesso à Série D), e promete que os tempos de glória voltarão ao Canindé.

Veja íntegra do documento

Nesses primeiros seis meses de gestão a frente da Associação Portuguesa de Desportos traçamos alguns objetivos no plano esportivo. Dois deles diziam respeito a resgatar o departamento de futebol profissional de forma clara e direta: acesso para a Série A-1 do Campeonato Paulista e acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro.

Notadamente, ambos não foram alcançados, frustrando os anseios de toda nossa coletividade.A responsabilidade pelo insucesso cabe a mim, Alexandre Barros. Fui o responsável direto pela montagem e remontagem dos elencos nas competições. Pelas trocas das comissões técnicas. Pelas contratações e dispensas de atletas. E por todo o plano de trabalho que se tornou ineficaz por minha incompetência nesse momento.

À nossa apaixonada torcida fica o agradecimento e as desculpas por privá-los das alegrias que eles sonham e merecem. Nessa caminhada, e em tantas outras, ela sempre esteve ao lado da nossa querida Lusa, com críticas ou aplausos.

Nossos desafios daqui por diante passam a ser a  Copa Paulista de Futebol, que em breve se inicia. Vamos nos reerguer, com trabalho honesto, abnegado e humilde. Nosso desejo e esforço podem ter sido interrompidos de forma brusca, inesperada e incompetente. Mas não iremos desistir jamais da nossa premissa inicial que é conduzir a Portuguesa a um lugar mais digno e condizente as suas tradições futebolísticas, de maneira honesta, digna e transparente.

Alexandre Barros

Presidente da Associação Portuguesa de Desportos