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Copiloto da Avianca relata diálogo tenso entre piloto do voo da Chapecoense e torre. Ouça

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O copiloto da companhia aérea Avianca, que estava em uma rota próxima ao voo da Chapecoense, informou que ouviu o diálogo entre o piloto da aeronave da LaMia e a torre de controle do aeroporto colombiano de Rionegro, perto de Medellín. As informações são dos jornais "El Espectador" e "El Tiempo". 

O acidente, ocorrido nos arredores de Medellín, na Colômbia, onde a equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana, deixou 71 mortos, incluindo 19 jogadores.

Juan Sebastián Upegui relatou que, quando uma aeronave da Viva Colômbia estava pousando, repentinamente o piloto do voo da LaMia e interferiu : "Solicitamos prioridade para aterrissar, temos problemas de combustível." Mas segundo o copiloto, nesse momento ele não se declarou em emergência.

O copiloto prossegue o relato afirmando que a controladora de voos informou ao piloto da LaMia que havia outra aeronave com problemas: "Temos um problema, um avião está aterrissando em emergência".

Juan Sebastián Upegui prosseguiu informando que a controladora pediu então à tripulação do voo da Avianca 9256 que virasse à esquerda, quando o piloto de LaMia passou por eles a toda.

"Quando ele [piloto da LaMia] iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder [a descida]. 'Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu'", disse o copiloto.

A Viva Colômbia informou que o voo FC 8170 apresentou "uma indicação na cabine" que levou o comandante a interromper o trajeto original. A empresa disse, em comunicado, que não chegou a declarar emergência. O avião pousou à 0h51 em Medellín. Quatro minutos depois, o avião da LaMia com a delegação da Chapecoense desapareceu de radares.