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Justiça do Rio decreta prisão preventiva dos torcedores do Corinthians

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A juíza Marcela Assad Caram Januthe Tavares, coordenadora da Central de Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, determinou a conversão das prisões em flagrante em preventivas dos torcedores do Corinthians que foram detidos no último domingo (23), após uma briga com policiais militares nas arquibancadas do estádio do Maracanã. O grupo de 30 torcedores foi ouvido nesta terça-feira (25), na audiência de custódia realizada no Fórum Central do Rio.

Em sua decisão, a magistrada destacou que a prisão preventiva se revelou imperiosa e necessária, já que os presos são oriundos de outro estado, o que poderia colocar em risco a instrução criminal. Segundo o auto de prisão em flagrante, os acusados foram identificados pelos PMs como autores da agressão e também responsáveis por dano ao patrimônio, como deterioração do espaço público.

"Os fatos foram cometidos mediante o emprego de desmedida violência contra policiais que faziam a segurança do estádio, prestando, portanto, relevantíssimo serviço público, garantindo a integridade física e a incolumidade de todos os que ali estavam no intuito de se divertir" - destacou a magistrada. Acrescentou ainda que "Resta claro para esta magistrada que, se não unidos previamente com o intuito de cometimento de crimes nas dependências do estádio Mário Filho, os custodiados, no momento exato das agressões, uniram-se covardemente contra os agentes da Lei e da ordem. Impossível o Estado chancelar a violência que vem imperando nos ambientes esportivos e afastando a torcida familiar dos estádios" - ressaltou Marcela Caram.

>> Decisão liminar proíbe torcidas organizadas do Corinthians de ir a estádios

Já 15 presos relataram terem sido agredidos pelos policiais, durante a detenção no estádio.

As audiências de custódia consistem na garantia da rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisão em flagrante. A juíza disse que vai solicitar à Secretaria estadual de Administração Penitenciária que o grupo fique em unidade penitenciária, numa ala neutra, separado dos demais presos.

O processo vai tramitar no Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos.