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Negociações do Palmeiras envolvem comissão técnica e sucessor de Nobre

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As negociações que o Palmeiras mantém com reforços passaram pela consulta de Maurício Galiotte, atual primeiro vice-presidente e candidato único para suceder Paulo Nobre na administração do clube. Como de costume, as tratativas são chefiadas pelo diretor executivo Alexandre Mattos e avalizadas pela comissão técnica de Cuca. Nem o diretor nem o treinador sabem se permanecerão no clube em 2017.

Por ser próximo a Nobre, Galiotte sempre teve a opinião consultada antes de reforços serem negociados. Não foi diferente dessa vez. As investidas pelo atacante Keno, que tem acerto alinhavado com o Palmeiras, e pelos meias Raphael Veiga e Hyoran também receberam sinal positivo do atual vice-presidente.

Galiotte foi a escolha de Nobre para representar a situação na eleição presidencial do clube, marcada para 26 de novembro. Ele deverá assumir o cargo no dia 15 de dezembro e terá de chancelar as renovações dos contratos de Alexandre Mattos e Cuca.

Assim como o diretor, Cuca tem vínculo com o Verdão até o fim do ano. A incerteza envolvendo a sequência do treinador não impediu a comissão técnica de avaliar os alvos da diretoria para 2017. Nenhuma tratativa é levada adiante sem o aval de Cuca e dos seus auxiliares.

Publicamente, Cuca diz desconhecer quaisquer negociações por reforços. A estratégia é vista como uma tentativa de não desprestigiar os jogadores que tentam interromper um jejum de 22 anos sem títulos do Campeonato Brasileiro.

"Para mim é novidade que estejam em negociação. Eu não pedi nenhum jogador. Eu pedi esses que estão aqui. A minha meta é o Brasileiro, não tenho mexido com nada fora. Estou muito contente com os meninos que tenho aqui", despistou Cuca, em entrevista coletiva na sexta-feira.

Nobre - Apesar de cumprir as últimas semanas como presidente, Nobre tem se mantido ativo na organização do planejamento de 2017. A eleição de Galiotte é vista internamente como uma continuidade das políticas administrativas que foram implementadas pela atual gestão.

Após a conclusão de seu mandato, Nobre poderá seguir participando das decisões tomadas pela diretoria de Galiotte. Pessoas ligadas ao grupo político do mandatário dizem que a futura gestão deverá consultá-lo sobre eventuais reforços e questões administrativas. O papel exato do dirigente será determinado após a eleição.