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Após vitória, Dunga rebate críticas à Seleção: "Falavam a mesma coisa em 94"

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O técnico Dunga rebateu, após a vitória por 2 a 0 sobre o Panamá, as críticas feitas à atual geração de jogadores do Brasil, deixando claro que confia na capacidade dos atletas que vão disputar a Copa América Centenário. Sem Neymar, craque do Barcelona, e Douglas Costa, do Bayern de Munique, considerados os dois principais atletas do país, ele viu no elenco apenas a necessidade de ganhar um título para ser respeitado.

“Eu vivi na pele o que eles vivem. Diziam que nós, da minha geração, não éramos bons o bastante. Só que nós ganhamos Sul-Americano, Mundial, primeira medalha olímpica. O que esses precisam, então, é ganhar”, afirmou o comandante, que fez parte dos elencos campeões sul-americano e mundial sub-20, em 1983, e vice-campeão olímpico, em 1984.

Depois, já como profissional e líder, o então meio-campista acabou marcado pela eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo de 1990, na Itália. Tido como principal expoente de um futebol pouco envolvente, marca do time que caiu para os arquirrivais argentinos, Dunga pôde se reerguer ao ser capitão do País no título de 1994, nos Estados Unidos, levando o Brasil ao tetracampeonato mundial.

As declarações do treinador servem para dar moral ao time que disputará a Copa América Centenário, nos EUA, mas, principalmente, apontam para uma exaltação dos jovens que jogarão o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto.

No elenco, Dunga tem sete representantes da provável delegação (Ederson, Fabinho, Douglas Santos, Rodrigo Caio, Marquinhos, Rafinha Alcântara e Gabriel), sem contar o zagueiro Miranda e o meia Willian, postulantes a uma das três vagas para atletas acima dos 23 anos. Neymar, com 24, será um deles e por isso não estará presente na Copa América.

“Esses jogadores precisam de tranquilidade para praticar o seu melhor futebol. É isso que demos de proporcionar e estamos tentando. Acredito que será possível, até porque os mais experientes deram isso já nos primeiros encontros. Esses jogadores que entraram (contra o Panamá) vão contribuir e seguramente vão nos ajudar muito ainda”, concluiu o comandante.

O Brasil, sua nova geração e o treinador agora se concentram na disputa da Copa América Centenário, com estreia marcada para o dia 4 de junho, sábado, na cidade de Pasadena. O duelo contra o Equador está marcado para as 23h (de Brasília) e abre a disputa no Grupo B, que ainda conta com Peru e Haiti.