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Comitê de Ética da Fifa bane Jérôme Valcke por 12 anos

Francês considerado culpado em esquema na venda de ingressos

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O Comitê de Ética da Fifa baniu por 12 anos o ex-secretário-geral da entidade Jérôme Valcke por um esquema ilegal na venda de ingressos para a Copa do Mundo, anunciou o órgão nesta sexta-feira (12). Além disso, o francês terá que pagar uma multa de 100 mil francos suíços (R$ 407 mil).    

Em janeiro, a Fifa demitiu Valcke após duas suspensões consecutivas durante a investigação dos fatos. As denúncias contra o cartola partiram do empresário Benny Alon, que participa da organização e venda de bilhetes para os Mundiais desde 1990.    

Segundo Alon, o braço-direito do ex-presidente Joseph Blatter teria faturado 2 milhões de euros com venda de ingressos só para a última Copa do Mundo, realizada no Brasil, em 2014. Sua empresa, a JB Marketing, recebia as entradas do francês e as vendia com ágio de até 200%. Depois, o empresário repassava metade dos lucros ao parceiro.    

A punição foi ainda maior do que as previsões anteriores, que diziam que ele poderia ficar nove anos afastado do esporte. A pena foi agravada após terem sido comprovados outras quebras de decoro do cargo, como a destruição de provas, gastos excessivos com verbas da Fifa para fins pessoais e lucro indevido com a venda dos direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022.    

Valcke, assim como Blatter, caiu após uma série de revelações da polícia norte-americana e suíça contra a cúpula da entidade. No dia 27 de maio, uma operação deflagrada em um luxuoso hotel de Zurique culminou com a prisão de sete altos cartolas da Fifa, entre eles o brasileiro José Maria Marin. Todos eram acusados de corrupção em contratos na venda de direitos de transmissões de competições internacionais, como a Copa América.    

Ao todo, 16 dirigentes e empresários ligados à Fifa e às confederações nacionais e regionais já foram presos e extraditados para os Estados Unidos.