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Novo presidente diz que Conmebol é obsoleta e não representa a América do Sul

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O paraguaio Alejandro Domínguez, recém-eleito presidente da Conmebol, criticou, em entrevista publicada neste domingo no Chile, a própria entidade que dirige, admitindo que deverá trabalhar intensamente pela recuperação da imagem.

"Considero que a Conmebol é uma organização que, em sua administração, ficou obsoleta. Ela não representa e não está a altura do futebol da América do Sul", disse o dirigente ao jornal "Mercúrio".

Domínguez disse entender os que apontam que a entidade virou "sinônimo de corrupção", por isso, procurou apontar as principais metas para o mandato que se iniciou dias atrás.

"O grande desafio imediato é mudar a percepção, com transparência e controle de gesão, institucionalização dos processos e decisões, além de trabalho em equipe", garantiu Domínguez.

O novo "homem-forte" do futebol americano garantiu que é hora da Conmebol deixar o tempo dos velhos dirigentes para trás, se modificando, tendo como base o trabalho.

"É preciso regras claras, normas gerais, objetivas, que deixem para trás a era do personalismo. A Conmebol, não só, não se adaptou às exigências dos tempos modernos, mas estava feita à medida das pessoas que a dirigiam", afirmou.

Domínguez, no entanto, criticou a decisão da Fifa, de não repassar recursos à Conmebol, apesar de não haver qualquer suspeita sob nova direção. O paraguaio, inclusive, lembrou que já iniciou movimento para responsabilizar quem tenha lesado a entidade.

"Tomei a decisão de que serão auditados os últimos cinco anos. Se estes relatórios demonstrarem que houve prejuízo no patrimônio da instituição, tentaremos recuperar judicialmente o que pertença à organização", afirmou.