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Coronel Nunes vai viajar o ano todo para ficar longe da CBF

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Alçado à presidência da CBF apenas para evitar que outro vice, Delfim Peixoto, assuma o cargo em caso de afastamento de Marco Polo Del Nero, o coronel Antônio Nunes vai ter um 2016 repleto de viagens.  Essa é a estratégia do grupo que comanda de fato a entidade - o diretor executivo de Gestão, Rogério Caboclo, o secretário-geral Walter Feldman e o próprio Del Nero, licenciado do cargo por estar indiciado pelo FBI por crimes de corrupção.

Eles querem que o presidente em exercício fique a maior parte possível do tempo longe da sede da CBF e do assédio da imprensa no local. O coronel vai acompanhar todos os jogos da seleção no Brasil e no exterior, sem, no entanto, se hospedar no hotel da equipe. Mas uma forma de se distanciar dos jornalistas.

Logo que foi eleito vice para o Sudeste, em dezembro, numa eleição orgqnizada às pressas pelo grupo de Del Nero, o coronel deu algumas entrevistas desastrosas. Disse, por exemplo, que não existia corrupção no futebol - mesmo com José Maria Marin, um ex-presidente da CBF,  preso por causa de propinas em contratos comerciais da entidade Desde então, passou a ser blindado.

Para suas viagens,  o coronel, que também preside a federação do Pará, tenta adquirir uma câmera digital nova. Seu hobby principal é registrar com fotos todos os locais por que passa e detalhes do seu dia a dia. Em 2009, quando chefiou a delegação brasileira na Copa das Confederações na África do Sul,  Antônio Nunes era visto com frequência em lojas de souvenirs em shoppings de Johannesburgo fotografando pequenas lembranças do país, expostas nas vitrines.