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Dorival admite promessa descumprida por Nobre, mas releva chateação

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Às vésperas da decisão da Copa do Brasil, Dorival Jr. foi entrevistado na ESPN Brasil, na última terça, e revelou ter ficado magoado, até certo ponto, após evitar a queda do Palmeiras à Série B e, mesmo assim, ter sido demitido ao final de 2014. Atualmente à frente do Santos, o treinador garantiu que um projeto à longo prazo lhe foi prometido por Paulo Nobre.

No ano que marcou o retorno do clube à elite do futebol brasileiro, o Verdão contou com três treinadores. Depois de Gilson Kleina e do argentino Gareca, Dorival Jr. foi contratado como última cartada de Paulo Nobre na tentativa de evitar o rebaixamento, mas só aceitou o convite após maiores certezas sobre o estado de saúde de sua mulher, que enfrentou problemas de saúde.

Depois de chegar na reta final da temporada, Dorival Jr. admitiu que teve em Valdivia uma figura importante para recuperar o elenco. No entanto, esperava uma continuidade maior no trabalho. “No momento que sentei com Paulo Nobre, eu abri mão de contrato, de multa contratual, de prazo de contrato... Foi o único pedido que fiz ao presidente. Eu queria ter a oportunidade de montar a equipe do Palmeiras. E a promessa foi dada”, contou.

“Disse que o Palmeiras estava em uma situação muito complicada, que não ia ter tempo de trabalhar a equipe dentro de campo. Sem treinamento, quarta e domingo, com alguns jogos fora, é impossível fazer alguma coisa”, relembrou Dorival Jr. “Confiei muito naquilo, porque o presidente estava no processo de uma nova eleição [...] Não iria para lá sem um contrato longo, porque aí sim poderia ser responsabilizado por alguma coisa no trabalho”, prosseguiu.

Responsável por dar nova vida ao Santos após o título paulista, ocupando a vaga do atual auxiliar Marcelo Fernandes, Dorival Jr. não guarda rancor do Alviverde, mas se vê, de certa forma, enganado. “Sou amigo do Paulo (Nobre, presidente), do Maurício (Galiotti, vice-presidente), tenho muito respeito e consideração por eles, à entidade nem se fala. Mas não teria assumido naquele momento se não fosse a garantia”, reconheceu.