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Santos: Fernandes se reúne com vice e topa voltar a auxiliar

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O último treino do Santos antes do confronto com o Goiás, às 19h30 desta quarta-feira, no Estádio Serra Dourada, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, ficou marcado por uma conversa particular do vice-presidente do clube, César Conforti, com o técnico Marcelo Fernandes, ameaçado no cargo. Fernandes utilizou grande parte da entrevista para assegurar não ter sido avisado sobre a procura santista por um novo treinador, rebateu as críticas sobre o trabalho e externou, mais uma vez, que aceitaria voltar a função de auxiliar.

"Foi uma conversa normal, não me falou ou passou nada. Estamos aqui no Santos, não me comunicou de nada e estamos trabalhando. O mais importante nesse momento é o Santos Futebol Clube", disse o treinador. Conforti se dirigiu ao técnico no fim da atividade e ficou por cerca de 15 minutos conversando particularmente no gramado.

Marcelo Fernandes está pressionado pela série de resultados ruins no Campeonato Brasileiro e será convidado a retomar a função de auxiliar. O treinador tem mantido discurso similar pela ausência de resultados do Santos. Mesmo após três derrotas sequenciais, alegou que a pressão “não tira o sono” e que “não muda uma vírgula” do trabalho para permanecer.

O treinador, mais uma vez, voltou a dizer a que aceitaria retomar a condição de auxiliar, mas defendeu o trabalho das críticas. "O combinado comigo é esse, não vou forçar outra situação. Sou tranquilo com relação a isso, me chamaram no Paulista, poderiam ter tomado três porradas lá, e pensaram em mim. Não é nenhum assunto além daquilo que foi tratado atrás", argumentou.

“Quando fui campeão não cheguei ao céu. A respeito da cobrança de torcida, já estive do outro lado, sei como é e acho super normal as pessoas reclamarem. Muitos tem me apoiado, sabem como tenho trabalhado no dia a dia. Muitos me reconhecem, tudo o que estou passando aqui com problemas de lesão, de cartão, de jogadores que não estão presentes diariamente. As pessoas inteligentes sabem o dia a dia aqui, o que estou passando e procuro fazer. Estou preparado para tudo isso desde o primeiro dia que sentei aqui. Não tem essa de inferno, sabem o que está sendo feito aqui", completou.

A busca do Santos por um novo treinador foi iniciada com um velho conhecido. O Terra apurou que o clube ligou para Oswaldo de Oliveira, que esteve próximo de um acerto no início de junho, mas teve o retorno vetado pelo antigo Comitê Gestor, descaracterizado por um racha interno que provocou a saída de quatro dos sete membros. O empecilho para trazê-lo, dessa vez, é a concorrência silenciosa do Flamengo. O Santos espera evoluir com um novo nome até quarta.

O presidente Modesto Roma Júnior já se reuniu com remanescentes do Comitê e membros da diretoria para discutir alguns nomes e definir que Marcelo Fernandes não permanecerá. A lista conta com Doriva, que pediu demissão recentemente do Vasco da Gama, além de Dorival Júnior e Vagner Mancini, cotados antes da efetivação de Fernandes, e até Alexandre Gallo.