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Sem brilho em final, Valdivia sai furioso e discute no banco

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O Chile fez história ao superar a Argentina nos pênaltis e conquistar a Copa América pela primeira vez, mas a noite não foi só de alegrias para Valdivia. Um dos melhores jogadores da competição até este sábado, o camisa 10 teve atuação abaixo de sua excelente média na grande decisão, não conseguiu influenciar o jogo como de costume e acabou substituído pelo técnico Jorge Sampaoli no segundo tempo. O resultado? Um festival de fúria, palavrões e xingamentos.

A placa com o número de Valdivia subiu aos 32min do segundo tempo. Assim que percebeu que era ele o escolhido para sair na primeira substituição chilena, o meia abaixou a cabeça, fez sinal de negativo e deixou o campo soltando palavrões. Sequer cumprimentou o companheiro Matías Fernández, não olhou na cara de Sampaoli e se dirigiu diretamente ao banco de reservas.

Ali, o show de irritação continuou: o jogador chegou a atirar objetos no chão e discutir asperamente com um membro da comissão técnica. Sampaoli, enquanto isso, ficou de costas para a confusão, de pé à beira do gramado, concentrado na tensa final diante dos argentinos.

Vidal lamenta chance perdida pelo Chile Artilheiro chileno, Vargas ajoelha no gramado Messi apareceu bastante na partida e sofreu com a violência Tata Martino se irritou com a firmeza da marcação chilena Taça da Copa América aguardou em estande enquanto a partida se desenrolava

Dá até para entender a braveza de Valdivia, afinal, ele não jogou mal. Pode não ter sido decisivo nem tido uma atuação magistral como em partidas anteriores, mas buscou jogo, distribuiu passes e ajudou bem na marcação. As tentativas de bolas mais incisivas, porém, foram praticamente todas malsucedidas, e o "Mago" – dono de três assistências na Copa América – não conseguiu deixar ninguém na cara do gol dessa vez.

Um lance que chamou a atenção negativamente aconteceu ainda no primeiro tempo, expondo o velho defeito de Valdivia na finalização: o camisa 10 recebeu em ótima condição dentro da área, mas em vez de definir, tentou um passe na segunda trave e errou. O Estádio Nacional chiou em peso, pedindo o chute.

Na segunda etapa, o ritmo de Valdivia caiu um pouco, e Sampaoli achou melhor trocá-lo por Fernández. O substituto manteve a média – passou longe de jogar mal e teve bons lances, mas também não conseguiu fazer a diferença. Na disputa por pênaltis, foi ele quem abriu a contagem para o Chile com uma pancada no ângulo de Romero.

É claro que a festa, no fim das contas, acabará sendo muito maior que a decepção por ter sido sacado na final. E Valdivia tem mais é que esquecer esse episódio e comemorar muito. Afinal, se o Chile conquistou um título pela primeira vez na história da seleção, deve muito disso à "magia" de seu camisa 10.