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FBI investiga escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022

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Autoridades americanas informaram nesta quarta-feira que o FBI investiga a escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, respectivamente. O assunto vai além dos indiciamentos de dirigentes de futebol e empresários de marketing, anunciados na semana passada.  

As autoridades suíças também já investigam a escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022. 

Entre os pontos investigados pelo FBI está a administração da Fifa pelo suíço Joseph Blatter, que renunciou na segunda-feira, pouco antes de surgirem informações de que era investigado pela Justiça dos EUA. As autoridades americanas disseram, na semana passada, que as investigações continuariam.

Nesta quarta, a pedido da Justiça dos Estados Unidos, a Interpol emitiu um alerta internacional para a prisão de dois ex-dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e quatro executivos acusados de extorsão, conspiração e corrupção. Entre os procurados está o brasileiro José Margulies, dirigente da empresa Valente Corp. e Somerton.

José Marguiles nasceu em Buenos Aires e veio para o Brasil com 23 anos, onde se naturalizou. Sua empresa reúne direitos de transmissão de eventos esportivos e trabalhou por cerca de 20 anos diretamente com J.Hawilla, dono da Traffic, também investigada pelos EUA. Marguiles intermediava contratos com a Conmebol com empresas de televisão e marketing esportivo. Ele é suspeito de ter feito a ligação de pagamentos ilegais quando trabalhava com a venda de direitos de transmissão para a Traffic, como as Eliminatórias da Copa do Mundo.

Os dois ex-dirigentes da Fifa na lista são o ex-vice-presidente, Jack Warner, de Trinidad & Tobago, e o ex-membro do Comitê Executivo da entidade, Nicolás Leoz, do Paraguai. O argentino Alejandro Buzarco, dirigente da empresa de marketing esportivo Torneos y Competencias, também está na lista, que inclui ainda seus compatriotas Hugo Jinkis e Mariano Jinkis, dirigentes da empresa Full Play Group S.A, do mesmo ramo.

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O alerta serve para avisar aos países membros da Interpol que as pessoas listadas são procuradas pela justiça de algum país e devem ser extraditadas. No comunicado, a Interpol informa que seu papel é o de ajudar na identificação e localização dos procurados e que não pode obrigar os países a efetuar as prisões.

Chamado de Red Notice (alerta vermelho), o alerta não tem força de mandado de prisão internacional.