ASSINE
search button

Desempenho de atletas paralímpicos brasileiros faz comitê sonhar alto

Compartilhar

O Rio de Janeiro se prepara para ser a capital mundial dos esportes em 2016. E, a contar pelo desempenho dos atletas brasileiros, a torcida deve prestar muita atenção na disputa das Paralimpíadas. Isso porque o objetivo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para 2016 é conquistar, no mínimo, a quinta posição no quadro de medalhas. Apoio e estrutura, de acordo com o presidente da entidade, Andrew Parsons, não têm faltado.

“Forçosamente, temos que conquistar mais medalhas. Estamos tendo apoio nos últimos anos, conseguindo melhorias de condições para os atletas. Conseguimos oferecer equipamentos esportivos, melhor estrutura geral para fazer um planejamento sob medida para cada atleta”, diz.

Os jogos Paralímpicos de verão existem desde 1960 e o Brasil começou a participar em 1972. Faltam 500 dias para os jogos, nos quais o Brasil tem tido atuação destacada. Nas últimas duas edições, o país ficou em 9º e em 7º lugares no quadro de medalhas.

Somando apenas os jogos de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012, a bandeira brasileira foi hasteada no ponto mais alto 37 vezes. Duas modalidades se destacam no país: a natação e o atletismo. Das piscinas de Londres, saíram nove medalhas de ouro para o Brasil. Nas pistas, nossos atletas subiram no topo do pódio sete vezes.

Desde a primeira participação nos jogos, o Brasil já conquistou 230 medalhas e há expectativa de aumentar esse número em 2016. A esperança de medalha está em atletas já consagrados, que foram medalhistas em edições anteriores. Daniel Dias e André Brasil, da natação, e Terezinha Guilhermina, Lucas Prado e Yohansson Nascimento, do atletismo, já nos deram alegrias antes e podem fazê-lo novamente em 2016.

Há, também, uma nova safra de atletas, apelidada geração pós-Londres, que vêm conquistando bons resultados em campeonatos mundiais e podem se destacar no Rio de Janeiro. “O Talysson Glock e o Roberto Alcalde, da natação, conquistaram bons resultados no mundial de natação. O Roberto conseguiu ouro em uma prova e o Talysson foi prata em outra”, explicou Parsons. Além dessas duas modalidades, o Brasil tem se destacado no futebol de cinco, na bocha e no goalball (jogo praticado por atletas com deficiência visual).

Segundo ele, praticamente todo apoio (99%) vem de verba pública como, por exemplo, da Caixa Loterias. Isso tem se refletido em um melhor desempenho dos atletas e também na difusão do esporte entre pessoas com deficiência.

“As pessoas com deficiência tem procurado mais os clubes. Cresce a demanda de crianças que não querem mais dispensa da educação física, que querem praticar esportes”, comemora Parsons. “Promovemos anualmente no Brasil um evento [para público] em idade escolar, a Paralimpíada Escolar, e percebemos uma demanda maior. Isso significa mais gente praticando esporte, o que é fantástico”, completa.