Com pouco tempo para recuperar os titulares da Seleção Brasileira, Dunga resolveu mudar metade do time que tinha vencido a França na quinta-feira. Seis atletas diferentes começaram jogando na vitória contra o Chile , mas foi uma medida arriscada, que poderia ter significado uma derrota. Mas Dunga disse que sabia do risco e até conversou com os dirigentes da CBF, Jose Maria Marin e Marco Polo Del Nero, para avisar que faria os testes.
Dunga foi perguntado se calculou os riscos de jogar com um time misto e respondeu naturalmente, dando a entender que trata-se de uma prática comum mostrar suas escalações para os “chefões” da CBF. “Era o único jogo que eu podia testar antes da convocação para a Copa América. Até conversei com o presidente Marin e com o Del Nero para dizer que ia testar. Eu falo para todos qual é meu plano de trabalho”, disse.
A tática deu certo, afinal o Brasil venceu por 1 a 0 e manteve a série de oito vitorias consecutivas. Mas Dunga também observou os problemas que teve por causa dessa decisão. “Contra uma seleção como a do Chile, o ideal é você trocar um ou dois passes no máximo. Mas com seis jogadores diferentes você demora uns 30 minutos para se encontrar. Não tinha um movimento encaixado, então eles faziam mais toques na bola”, disse.
De fato o time sofreu durante o primeiro tempo, já que os reservas não tiveram um bom desempenho. Marcelo, Souza, Fernandinho, Douglas Costa, Philippe Coutinho e Luiz Adriano participaram pouco do jogo e sem brilho. A partida foi resolvida no segundo tempo com gol de Roberto Firmino, que saiu do banco para decidir.