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Robinho cita brincadeira com saída de Enderson e se desculpa

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O atacante Robinho encabeçou com os líderes do elenco - Ricardo Oliveira, David Braz e Elano - uma reunião com os jornalistas após o treinamento desta sexta-feira, no CT Rei Pelé, para se defender das acusações de comemorações pela saída do técnico Enderson Moreira em grupo fechado do elenco no aplicativo WhatsApp.

O camisa 7 disse que não houve festejo, mas admitiu brincadeiras, pediu desculpas publicamente e ainda demonstrou irritação com os colegas pelo vazamento da informação.

"Não comemoramos, temos um respeito muito grande. Tínhamos uma ótima relação, a gente tem um grupo e nós estávamos brincando. Respeitamos o trabalho dos jornalistas, mas não é isso. Pedimos desculpas para o Enderson, ninguém comemorou. Se tivesse que pedir a cabeça, faríamos isso. A gente foi pego de surpresa, foi uma decisão do Enderson com a diretoria. E para os juvenis que mandaram mensagem, esperamos que não aconteceça mais", avisou o jogador.

"Ninguém tem nada contra o Enderson, respeitamos o trabalho dele. Foco no próximo jogo, agora. Espero que os mais novos que conhecem vocês não fiquem falando o que acontece internamente", completou, dizendo que a informação sobre as brincadeiras no Whatsapp foram vazadas por um dos jovens do elenco.

Enderson, por sua vez, negou ter problemas com o elenco em entrevista ao Sportv na manhã desta sexta-feira. O ex-técnico santista disse, inclusive, ter recebido uma mensagem de Robinho pelo período a frente da equipe, assim como de outros jogadores e funcionários.

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, amenizou os desdobramentos em torno da saída do técnico Enderson Moreira, oficializada nesta quinta-feira. O mandatário pediu, inclusive, para não atrelar o seu desligamento do clube a uma "queda de braço" com a atual safra de Meninos da Vila, disse que não pesou a insatisfação dos jogadores, alegando não haver "chororô e mimimi" no elenco, e ainda esclareceu que foi o próprio técnico que estava insatisfeito e fez um acordo para sair.

Enderson chegou em setembro do último ano sob expectativa de, primeiramente, recuperar o centroavante Leandro Damião, maior contratação da história do clube, e pelo principal cartaz de seus trabalhos: a utilização das categorias de base.

O treinador ganhava R$ 200 mil por mês no time da Vila Belmiro e tinha contrato até o fim da atual temporada. A multa rescisória gira em torno de R$ 400 mil. No tempo em que ocupou o cargo, ele somou 30 partidas, com 16 vitórias, cinco empates e nove derrotas. Enquanto um substituto não é definido, o Santos vai ser dirigido interinamente por Marcelo Fernandes, ex-zagueiro do clube e auxiliar desde 2013, que terá como auxiliar o ex-atacante Serginho Chulapa.