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Atlético-MG virou 'mestre' em reverter 2 a 0; relembre

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Na fase mata-mata de uma competição, a derrota por 2 a 0 é considerada difícil de reverter. Para o Atlético-MG, porém, isso não parece surtir efeito. Em um histórico recente, o clube mineiro conseguiu viradas inimagináveis e se tornou "mestre" em conseguir resultados milagrosos. Com a derrota por 2 a 0 para o Flamengo, nesta quarta-feira, no Maracanã, em duelo válido pela primeira partida das semifinais da Copa do Brasil, o jeito para o torcedor alvinegro será se apegar a isso.

O Atlético-MG começou mal o duelo contra o time rubro-negro carioca. O primeiro gol foi marcado por Cáceres. Vale ressaltar que até o momento do tento flamenguista, o goleiro Victor já tinha feito milagres para frustrar a superioridade adversária. Na etapa final, de pênalti, o Flamengo aumentou a vantagem com Chicão.

Com a desvantagem numérica no placar, a decisão em Minas Gerais na próxima semana terá o velho e conhecido: “eu acredito, eu acredito”, sempre cantado pelos torcedores atleticanos nas barreiras da Copa Libertadores de 2013.

O bom histórico recente de viradas clássicas do Atlético-MG começou nas semifinais da Copa Libertadores de 2013. No primeiro jogo contra o Newell’s Old Boys, da Argentina, o time alvinegro vacilou e perdeu por 2 a 0 para o clube argentino, que tinha no atacante Ignacio Scocco a sua grande estrela.

A partida de volta seria teste para cardíaco: o Atlético-MG precisando do resultado, contra um clube argentino que era acostumado a fazer catimba. Não teve jeito para os adversários. O clube da casa abriu o marcador logo no início da partida com Bernard. Era preciso mais um gol para conseguir levar a partida para os pênaltis.

Quando o confronto já se aproximava do final, a "luz dos céus" resolveu olhar para o Estádio Independência: um apagão obrigou o árbitro da partida paralisar o confronto. A situação, questionada até hoje pelos rivais, ajudou o Atlético-MG a descansar e deu oportunidade ao técnico Cuca de corrigir os erros. Resultado: o time alvinegro mineiro marcou um gol no finalzinho com Guilherme e conseguiu nos pênaltis a classificação.

Olimpia e novo desespero

Passado o primeiro susto diante do Newell’s, com o Atlético-MG chegando à sua primeira decisão de Copa Libertadores, os torcedores pensaram que a equipe teria atitude diferente no primeiro duelo. Erraram. O clube preto e branco foi fraco no Paraguai e voltou para Minas Gerais com a nova desvantagem de 2 a 0.

Para piorar a situação, o clube tão acostumado a duelar no Estádio Independência se viu obrigado a ir para o Mineirão por causa do regulamento que exigia uma capacidade maior de público. Sem problemas para Ronaldinho e Cia.

No segundo tempo da partida de volta, logo no início, Jô abriu o placar. No fim da etapa complementar, Léo Silva, de cabeça, fez o segundo. Passada toda a prorrogação, o Atlético-MG decidiu nos pênaltis quem levaria a taça. Victor defendeu a primeira. Todos os alvinegros acertaram suas cobranças, e o título ficou com o time preto e branco após chute de Giménez na trave.

Ano novo, placar velho

Em 2014, o Atlético-MG já conseguiu uma virada histórica. Foi contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, nas quartas de final. O clube paulista venceu a primeira partida pelo mesmo 2 a 0. O jeito foi acreditar.

No confronto de volta, o Corinthians abriu o placar no Mineirão. As forças da torcida e de um Guilherme inspirado, porém, foram os principais fatores para a virada. Após bela atuação, os mineiros viraram a partida para 4 a 1 e conseguiram a classificação para as semifinais. Com certeza, os atleticanos não ficariam nem um pouco chateados se isso se repetisse na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), diante do Flamengo, no mesmo Mineirão.