Wanderson Ferreira da Silva, 20 anos, canhoto e 1,74m de altura. Se você perguntar para os torcedores do Inter quem é este jogador com certeza poucos saberão de quem se trata. Agora experimenta questionar quem é Valdívia. Todos vão responder que é o meia colorado que vem ganhando espaço com o técnico Abel Braga, e não o famoso jogador que fez sua história no Brasil atuando pelo Palmeiras.
O apelido, que em teoria poderia provocar problemas com o original, já é marca registrada e aprovada. Em entrevista exclusiva ao Terra, o meia colorado conta que o palmeirense não vai ter problema de ciúmes. "Quando nos encontramos em São Paulo ele 'liberou' o uso do nome dele para mim, o que é um orgulho muito grande", conta.
Natural de Jaciara, cidade que fica em Mato Grosso, Valdívia chegou ao Inter em 2012, após se destacar na Copa São Paulo defendendo o Rondonópolis. Lá foi o artilheiro do time na competição marcando oito gols e garantindo a melhor campanha de uma equipe do Mato Grosso. "A gente viajava dois dias de ônibus para participar, ganhava guaraná se ganhasse o jogo ou marcasse gol. Depois dali tudo mudou", disse.
Na base do Inter Valdívia já ganhou o Campeonato Gaúcho de Juniores e o vice-campeonato Brasileiro Sub-20. As atuações destacadas fizeram com que o meia fosse convocado por Abel Braga para defender o time principal, garantindo também uma renovação de contrato por mais três temporadas com o Inter. Aos poucos, ele também começa a se firmar no time.
Veja a entrevista na íntegra
Terra – Como foi trocar o Rondonópolis pelo Inter?
Valdívia – Depois da Copa São Paulo de 2012, onde eu fui o artilheiro com oito gols em quatro jogos. Vou lembrar para sempre daquele campeonato, foi um marco para mim. A gente viajava dois dias de ônibus para participar, ganhava guaraná se ganhasse o jogo ou marcasse gol. Depois dali tudo mudou. Vim para o Inter, passsei um ano na base até o Clemer (treinador do time Sub-20 e que assumiu interinamente em 2013 o time principal após a queda de Dunga) me dar uma chance no time prinicpal.
Terra – Por que o apelido Valdívia? Você é fã do meia palmeirense?
Valdívia – Coisa de amigos. Na época surgiu também o apelido de Puyol, mas o que pegou foi o Valdívia. Achei o máximo, porque eu gosto do estilo dele, que é de muita habilidade. Quando nos encontramos em São Paulo ele “liberou” o uso do nome dele para mim, o que é um orgulho muito grande.
Terra – Recentemente você marcou o gol que deu a vitória do Inter diante do Fluminense. Como foi este momento?
Valdívia – Foi o momento mais importante que eu tive no Inter. Não deu para controlar a emoção. O Beira-Rio cheio, a torcida vibrando, o gol da vitória. Me senti de alma lavada naquele momento. Na base eu sempre fiz muitos gols e estava me cobrando para marcar gols também no time principal.
Terra – Você sonha em jogar na Europa? Está nos teus planos em um curto espaço de tempo ir para a Europa?
Valdívia – Não, no momento não penso. Quero me afirmar aqui, quem sabe virar uma referência do time. Sou jovem, tenho muito caminho a percorrer ainda. Meu pensamento está 100% no Inter.
Terra – Você assumiu recentemente que está vivendo também uma nova fase fora de campo assumindo um relacionamento sério. Isto ajuda a focar mais no futebol, nas questões de dentro de campo?
Valdívia – Sim, é um suporte legal. Ela está sempre do meu lado, é uma grande parceira mesmo. Apoia nos momentos mais difíceis, faz eu perceber coisas que eu não tinha visto e também festeja quando dá tudo certo.
Terra – Você tem feito bons jogos, mas ainda não conseguiu manter uma sequência no time. O que você acha que tem que melhorar?
Valdívia – Talvez a finalização de média e longa distância. Estou buscando aprimorar estes fundamentos nos treinamentos.