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Jogadores demitidos do Botafogo não procuraram o Bom Senso

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O Bom Senso FC luta há mais de um ano por melhorias para os jogadores de futebol. Portanto, alguns esperaram que o grupo atuasse de forma mais contundente em um acontecimento triste: o Botafogo demitiu quatro jogadores - Emerson, Bolívar, Edilson e Julio Cesar - que não estavam recebendo salários, alegando mau comportamento dos atletas. Os quatro negaram isso publicamente e criticaram muito o presidente Maurício Assumpção, mas não procuraram o Bom Senso para reclamar da situação.

A revelação foi feita pelo diretor de planejamento do Bom Senso, Enrico Ambrogini, em entrevista exclusiva ao Terra, durante o Fórum Internacional Gols pela Vida, criado pela Instituto Pequeno Príncipe. Questionado sobre o assunto, ele explicou que foi opção do Bom Senso não se intrometer no assunto.

"Entendemos que era uma questão interna do clube e por isso não foi tomada nenhuma atitude. Os jogadores também não nos procuraram, o que nós achamos até bom, porque é preciso tratar internamente mesmo", comentou Enrico.

O Bom Senso também entende que não pode se intrometer em cada assunto problemático do futebol brasileiro. O movimento tem se concentrado em duas pautas: mudar o calendário de jogos, inclusive com uma proposta concreta que não foi aceita pela CBF para 2015; e aprovar o projeto de Lei da Responsabilidade Fiscal, que já tem sido discutida em Brasília, mas ficou paralisado por causa das eleições.

Esse entendimento das limitações ficou claro quando Ricardo Borges Martins foi questionado sobre os poderes da Rede Globo no futebol brasileiro. Ele não soube dizer qualquer proposta para controlar essa influência e explicou a dificuldade: "nas organizações Globo você tem a TV aberta e a TV por assinatura (Sportv). São da mesma organização, mas enxergam o futebol de forma diferente. Para a TV por assinatura um campeonato estadual vale mais. Então é um cenário complexo demais e nossa resposta para isso é o foco em alguns específicos".