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Ministro dos Esportes entrega material para estimular luta olímpica no Brasil

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O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, participou hoje (23) da entrega simbólica de equipamentos de luta olímpica para o Núcleo de Luta Olímpica de Heliópolis, comunidade localizada na zona sul da capital paulista. As aulas do esporte são ministradas há três meses, na quadra de uma escola de samba local. Aproximadamente 300 crianças e jovens de cinco escolas da região participam das atividades.

kit é composto de tapete oficial, ossos e um tipo de boneco com braços e pernas para treinos no chão. Além de São Paulo, outros 19 estados foram beneficiados com o material financiado pelo governo federal, por meio de convênio de R$ 2,8 milhões com a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA).

Presidente da CBLA, Pedro Gama Filho destacou que essas escolas de luta ajudarão a disseminar a modalidade no Brasil. Salientou que o fornecimento dos kits garante identidade ao esporte, já que, antes, os alunos treinavam em tatames de outras lutas. “Se conseguimos bons resultados sem essa estrutura, como é o caso de Aline Silva, vice-campeã mundial e campeã mundial militar, imagina essas crianças desde a base, com cinco anos, treinando no tapete. Transformaremos o Brasil em uma fábrica de medalhas”.

Para Rebelo, o governo compreende que a diversidade no esporte oferece mais opções para crianças e jovens. Adiantou que, por isso, quer abrir chances para todas as modalidades e oferecer condições mínimas para que elas sejam praticadas. “A luta olímpica é uma modalidade que vamos estimular, oferecendo material e apoio técnico. Ajudaremos a trazer técnicos cubanos para elevar o nível da luta no Brasil. Não custa nada esperar uma medalha para 2016”, assinalou o ministro.

O aluno Guilherme Rossi Rufino da Silva, de 12 anos, informou que o interesse pelo esporte surgiu após o professor divulgar a luta olímpica. “Tinha visto filmes com lutas parecidas. Participei da primeira aula e achei impressionante. Estou no projeto desde o início. Antes, ficava em casa jogando videogame, vendo televisão. Atualmente, pratico esportes”, comentou.

Guilherme quer treinar para as Olimpíadas Escolares e participar do Cadete Júnior, competição para alunos de 16 anos, que propicia uma bolsa de estudos e a chance de competir nas Olimpíadas. Este também é o objetivo de Clarice Ribeiro da Silva Lacerda, 12 anos. “Eu já gostava de lutar, mas não sabia como. Não conhecia esse tipo de luta, mas gostei. Antes, ficava em casa e na rua. Agora, venho todos os dias para cá”.

Professor e atleta de luta olímpica, Rodrigo Tabajara explicou que o trabalho é voltado para as Olimpíadas Escolares e formar atletas de base para o alto rendimento. Além da infraestrutura, a escola conta com apoio de psicólogos e médicos. “Garantimos formação esportiva e cidadania para essas crianças. Meu trabalho não se restringe aos alunos, porque interajo com os país e a escola, enviando relatórios periódicos. Para participar, é preciso estar bem na escola e ter um bom convívio familiar. Procuramos entender como é a vida da criança e do adolescente na escola e em família. Criamos um vínculo familiar com eles”, finalizou.