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Dunga diz que atletas aprovam cartilha que veta até celular 

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Com uma série de detalhes de sua cartilha publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira, o técnico Dunga disse que as regras impostas têm a aprovação dos jogadores e servem mais como orientação de boas atitudes de convívio. Entre os itens citados pelo diário está o veto a chinelos, bonés, brincos, celulares e tablets quando o grupo estiver reunido, em refeições, vestiário ou preleções.

"Na nossa família, temos que ter uma boa conduta para ter harmonia. Só faço ressalva de que não há proibição, não é uma cartilha, é algo disciplinar, uma organização. Apenas acrescentamos algumas coisas para uma boa convivência. A minha forma de trabalhar não é proibir, mas sugerir e os jogadores gostaram", disse o treinador, em um discurso muito parecido com o do coordenador Gilmar Rinaldi.

“A (CBF) é uma empresa, uma instituição e deve ser regras a serem seguidas. Conversamos com os jogadores e muito lhe interessaram saber quais os limites a serem seguidos”, afirmou Gilmar, também presente na entrevista posterior à convocação da Seleção para amistosos em novembro.

Para Dunga, a limitação não causará mal-estar com os jogadores, apesar de os itens vetados em determinadas situações serem muito usados por eles. "Os jogadores sabem que na Seleção há pressão e cobrança, mas os jogadores têm felicidade de jogar aqui", afirmou.

Ainda segundo a reportagem do jornal, a orientação é que os jogadores permaneçam sempre unidos na hora da comida, levantando-se apenas depois que o capitão - no caso, Neymar - deixe a mesa. Publicamente, é proibido a todos os jogadores fazer manifestações políticas ou religiosas.

E também é exigido que todos os atletas cantem o Hino Nacional antes das partidas. Por fim, é obrigação dos jogadores pagar pelas próprias despesas, como ingressos de jogos, tarifas telefônicas e excesso de bagagem.

Nos amistosos de setembro pelos Estados Unidos, Maicon foi cortado por chegar atrasado à concentração. Dunga evitou relacionar o corte à cartilha.

"Acho que desde sempre houve um regulamento interno. Apenas acrescentamos regras. Não acho que ele (Maicon) tenha sido punido pela cartilha", disse.