O juiz Alberto Fraga, da 21ª Vara Criminal da Comarca da Capital, indeferiu, nesta quarta- feira, dia 22, pedido do Ministério Público para que sejam apuradas possíveis irregularidades nas adesões recentes ao plano “O Vasco é Meu”. De acordo com a decisão, o requerimento do MP não encontra amparo legal, ao menos na seara criminal.
A partir da verificação de um incomum acréscimo de sócios nos quadros do clube no período entre março e abril de 2013- limite temporal para que novos associados pudessem votar nas próximas eleições para presidente do clube-, foi instaurado inquérito policial para apurar a prática dos crimes de estelionato e falsidade ideológica.
Diversas notícias veiculadas na imprensa informavam que somente no último dia de abril de 2013, 1730 novos sócios ingressaram no quadro social do clube e que as novas adesões teriam sido angariadas e financiadas por candidatos ou pessoas com interesses no resultado do certame, dentre eles o ex- presidente do clube, Eurico Miranda, e o atual, Roberto Dinamite.
“A nomeação de um interventor no Clube de Regatas Vasco da Gama e em seu processo eleitoral em nada interessa à apuração dos supostos delitos. Não se pode pretender conferir à Instância Penal o papel de fiscalizador de eleição de clube, de condomínio ou de qualquer outro ente ao qual não se aplica a legislação eleitoral. E, a meu sentir, é isto que busca o Ministério Público com a medida requerida”, afirma o juiz em sua decisão.