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De volta à seleção, Dunga se diz pronto para críticas e admite erros com mídia

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Apresentado como novo treinador da Seleção Brasileira, Dunga chegou com discurso humilde no retorno ao cargo nesta terça-feira. Um dos focos de tensão em sua passagem anterior pelo cargo, o relacionamento com a mídia pode ser diferente daqui para a frente, segundo ele indicou. Dunga inclusive se disse aberto a ideias que possam ser favoráveis para o trabalho que será feito. 

"Vocês já me conhecem, sabem que dificilmente uma pessoa muda no que diz respeito a seus princípios, a ética, transaparência e trabalho. Mas sou ser humano e sei que tenho que melhorar muito na relação com vocês, jornalistas. Talvez por ter vindo do futebol sem muita experiência fora dele, foquei mais no trabalho de campo, e os resultados estão aí, 76% de aproveitamento, não precisa falar muito", disse em menção à última passagem e com autocrítica.

"É real que tenho que aprimorar o relacionamento com a imprensa, é normal, é um mea culpa que tive nos últimos anos. Tive ótimas experiências na Copa com (Arrigo) Sacchi, (Arséne) Wenger, (Ruud) Gullit, (José Mari) Bakero. Falamos muito de futebol e do que uma equipe necessita. Estamos aqui para realizar esse trabalho da melhor maneira possível, prontos para receber críticas e sugestões em prol da Seleção. E, assim como da primeira vez que passei pela Seleção, tudo que for a favor estamos abertos para conversar", complementou. 

Mesmo com o desfecho do trabalho de Luiz Felipe Scolari, goleado por 7 a 1 pela Alemanha e derrotado pela Holanda, Dunga falou que há coisas a serem aproveitadas. "Importante também que, a partir dessa Copa, não pode colocar como terra arrasada. Teve muitas coisas boas e outras que tem que modificar, e estamos aqui para isso. A gente viu na Copa o quanto é importante o  talento, mas também o planejamento é muito importante", resumiu.