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Lápide de Ayrton Senna em São Paulo atrai fãs do exterior

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Os 20 anos da morte de Ayrton Senna podem até esfriar o entusiasmo de alguns fãs em torno do nome do tricampeão. No entanto, para alguns torcedores que acompanharam sua trajetória nas décadas de 80 e 90, Senna continua um ídolo, que cativa até mesmo quem não acompanhou.

Nesta quinta-feira, a lápide de Senna no Cemitério do Morumby, em São Paulo, recebeu diversos visitantes. Entre os cerca de 50 que passaram pelo local pela manhã, diversos estrangeiros – japoneses, alemães e argentinos dividiam espaço com empolgados brasileiros.

As estudantes argentinas Lucia Ferraro e Ana Portnoy, 20 anos cada, não viram Senna correr. No entanto, bastou a descoberta recente da carreira do tricampeão para que ambas decidissem alterar o roteiro de férias para visitar a sepultura do ex-piloto.

“Vi há dois anos o documentário (Senna, dirigido por Asif Kapadia). Me encantou como ele era. Para mim, era o melhor”, contou Lucia, que não se empolga com as últimas temporadas da Fórmula 1. “Não gosto da F1 de hoje, mas (gosto) de Hamilton”, diz. Curiosamente, Lewis Hamilton é outro fã do tricampeão.

As duas moram em Buenos Aires, mas vieram ao Brasil apenas para visitar a lápide de Ayrton Senna. “Depois vamos para uma praia aqui em São Paulo. Mas viemos antes para estar aqui no 1º de maio”, contou Lucia.

Os japoneses também são figuras recorrentes na homenagem a Senna. Nesta quinta-feira, Tekuya Kawano, 34 anos, levou a mulher e o filho pequeno para ver onde foi sepultado o tricampeão.

“Ele é muito famoso no Japão e no mundo todo”, contou Kawano, que mora no Brasil desde outubro de 2012 e que tinha 14 anos quando Senna morreu. “Lembrou pouco. Vi as notícias com destaque. Os jornais, as TVs, as rádios diziam que ele havia morrido”, lembrou.

O jornalista japonês Noboru Nakashima, da emissora NHK, lembrou da relação da Honda com equipes como Lotus (1987) e McLaren (1988 a 1992), pelas quais o tricampeão pilotou com sucesso. Nakashima descreve este dia como “muito duro” para os japoneses, e conta que a TV para a qual trabalha faz homenagens para Senna.

“Temos programas para lembrar. Muita gente se lembra”, afirma, em inglês. “Muita gente ainda ama Ayrton Senna”, completou.