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De olho no cinturão, Cigano luta em SP: "Miocic vai tremer"

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Um olho em Stipe Miocic e outro no cinturão dos pesos pesados do UFC. É assim que Junior Cigano entra no octógono em São Paulo no próximo dia 31 de maio pelo Ultimate Fighter Brasil 3 Final, com a torcida toda a seu lado. “Uma boa vitória pode me colocar na fila do cinturão”, disse o lutador, na manhã desta quinta-feira, no Rio. “A torcida vai me dar uma motivação a mais e acho que o Miocic vai tremer as perninhas. Quando a torcida começar a gritar “vai morrer!” ele vai sentir”, afirmou.

Do seu lado, Cigano admite que pode sentir um pouco a pressão de lutar em casa. “Eu acho que vou sentir vontade de vencer e honrar essa torcida; Minha maior vontade é voltar a ser campeão e trazer esse cinturão de volta”, afirmou. O lutador disse que está preparando uma atuação diferenciada. “A vontade é fazer um grande show no Brasil. Nos treinos, estou buscando aprender novas técnicas, estou aprendendo coisas legais”.

Além de falar de Miocic, que de acordo com Cigano, deve buscar a luta de solo, ele também opinou sobre dois possíveis duelos. O primeiro contra Fabricio Werdun. “Acho que ele é meio azarado. Quando lutamos na estreia no UFC, ele tinha a chance de disputar o cinturão, mas o campeão não pôde lutar. Lutei com ele e acabei vencendo. Agora ele teve a chance de novo, e o (Cain) Velazquez machucou. Colocaram o Travis Brown no caminho dele, que é duríssimo. Mas ele evoluiu no Muay Thai e no chão ele é superior”, comentou. “Se rolar a revanche os fãs vão gostar muito, principalmente se for pelo cinturão”.

Sobre Cain Velazquez, que já o venceu em duas oportunidades na disputa pelo cinturão, ele acha inevitável que os dois se encontrem ainda mais uma ou duas vezes. “Sou o número um do ranking e ele não tem para onde fugir. Mas meu interesse não é o Velazquez, é o cinturão. Se ele perder o cinturão até lá, pode ser que a revanche demore um pouco mais.”, disse, admitindo que a última derrota foi mérito total do adversário. “Para vencê-lo não tem matemática. Tem que ir e lutar. Todo mundo tem brechas”, afirmou.

Voltando ao Brasil, Junior Cigano não descarta imitar a comemoração de José Aldo, que no UFC 142, no Rio, foi comemorar com o público depois de vencer o Chad Mendes. “Zé Aldo levou até uma multa por ter ido pra galera. Mas quem vai saber o que vai acontecer? O que sentir na hora a gente faz. Me segurar ninguém vai.” Cigano também admitiu já sonhar com a vitória em São Paulo. “Já me vi ganhando, e isso faz parte da vontade de vencer e ajuda muito. Já me vi ganhando nocaute, de todas as formas. Tudo pode acontecer. Uma coisa é certa: vai ter nocaute”, decretou.

Aposentadoria de Minotauro

No fim, Junior Cigano disse que não concorda com uma possível aposentadoria do Rodrigo Minotauro. “Em uma luta de peso pesado, quando a mão entra, não tem jeito. Rodrigo é o maior exemplo de superação do esporte brasileiro. Ele é uma máquina de se superar. Quando se tem um resultado negativo sempre se recebe críticas, mas acho que ele pode fazer ainda grandes lutas”, opinou.

Por fim, o ex-campeão dos pesos pesados falou sobre as declarações do chefão do UFC, Dana White, que defendeu a aposentadoria de Minotauro. “O Dana White sempre fala isso de quem perde, mas talvez seja um fator para o cara se motivar, e acho que ele vai se motivar e voltar a lutar”, afirmou.