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Uruguai pode ficar fora da Copa do Mundo

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O Uruguai tem uma situação inesperada a poucos meses da Copa do Mundo. De acordo com a imprensa esportiva do país, a renúncia do presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Sebastian Bauza, pode ter sofrido interferência do presidente do país, José Mujica. Por isso, segundo o jornal El Pais, "a Fifa quer perguntar ao governo se ele tem algo a ver com a saída de Bauza", afirmando que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) "teria escrito uma nota em que diz que a pressão de setores empresariais sobre a AUF teria vindo de um grupo de empresários que tem vínculos com o governo de Mujica". 

O jornal ainda afirma que "se a Fifa confirmar que houve qualquer intervenção de empresários sobre a federação para beneficiar a terceiros, pode tomar a decisão de suspender a AUF de seus afiliados, deixando o Uruguai fora do Mundial".    

Entenda o caso 

No domingo (30), a Mutual Uruguaia (entidade que atua como um sindicato dos jogadores uruguaios) pediu o cancelamento do jogo entre Peñarol e Miramar Misiones, alegando falta de segurança para os atletas competirem. A AUF aceitou o argumento e causou revolta no presidente da equipe do Nacional, Eduardo Ache. O dirigente criticou a decisão e argumentou que seu time atuou nas mesmas condições no sábado (29) contra o Liverpool.    

A falta de segurança, alegada pelos times, foi em razão do presidente do país proibir a presença de policiais durante o jogo - já que o Uruguai registra aumento de violência nos estádios, especialmente nas partidas do Peñarol e do Nacional. A medida de Mujica foi para iniciar um debate sobre a violência nos locais de jogos. 

Como a situação entre clubes e AUF está cada vez pior, graças em parte por essa violência, Bauza apresentou sua renúncia nesta segunda-feira e afirmou que com isso "o futebol precisa tomar decisões e as condições políticas e institucionais atuais não permitem tal mudança".