ASSINE
search button

Com 15 vitórias seguidas, Alemanha se reinventa e assume favoritismo

Compartilhar

A vitória convincente da Alemanha sobre a Grécia, 4 a 2 na sexta-feira em Gdansk, deixou uma clara mensagem aos demais times da Eurocopa 2012: há uma favorita destacada na competição e, pelo que mostrou até aqui, não é a atual campeã Espanha. Os alemães, com três novidades no time titular, uma surpresa de Joachim Löw em dose tripla, chegaram a 15 vitórias consecutivas em jogos oficiais, uma marca inédita em toda a história do futebol mundial e que deságua com quatro triunfos em quatro jogos na Euro.

Sobre os gregos, que até colocaram tensão à partida ao arrancar um empate no início do segundo tempo, a Alemanha mostrou que até na posse de bola pode se emparelhar com os espanhóis. A média de 66% da posse contra a Grécia é exatamente a mesma que a Espanha teve diante da Irlanda, e ambos são recordes da edição 2012. Com tantos números positivos, até o sempre crítico Löw teve afirmações mais otimistas.

"Foi uma exibição fantástica da nossa equipe. Pela quarta vez consecutiva, estamos classificados para as semifinais de um grande torneio de seleções. Em 2004, ninguém imaginou que isso poderia acontecer. Ganhamos 15 jogos seguidos e somos o time mais jovem do torneio, temos grandes esperanças para o futuro. Estou orgulhoso", afirmou Löw com lembrança ao ciclo que se iniciou após a queda na primeira da Eurocopa retrasada. Foi ali que ele, auxiliar, e o então treinador Klinsmann chegaram ao cargo.

As três mudanças de Löw, que surpreendeu ao tirar Gómez, Müller e Podolski para as entradas de Klose, Reus e Schürrle, trouxeram mais mobilidade ao time que chegou a 24 finalizações, sendo 14 delas no alvo. Sem deixar qualquer pista sobre quais podem voltar à equipe e quais podem sair, o treinador desde já aumentou seu leque de opções e mostrou que não há intocáveis no time que não perde jogo oficial desde a semifinal da Copa 2010, contra a Espanha.

Capitão da equipe e autor do primeiro gol, Lahm foi crítico no que foi o ponto baixo do jogo alemão. Com muitos passes errados na intermediária, sobretudo no primeiro tempo, a Alemanha permitiu contragolpes e chegou a deixar um clima de apreensão no ar. "Tivemos dificuldades e não devia ter sido assim. Em certas alturas, jogamos descuidados, isso não pode acontecer na semifinal", admitiu. "Temos que usar a criatividade para achar espaços, mas deixar a defesa segura", acrescentou Schweinsteiger.

A Alemanha segue em Gdansk, onde tem montada sua concentração desde o início do mês, e só viaja para a capital Varsóvia na próxima quarta-feira. No dia seguinte, enfrenta o vencedor do duelo entre Itália e Inglaterra, que se pegam domingo, por um lugar na decisão.