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Brasil encara freguês histórico em busca de 8ª vitória seguida 

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O futebol nos Estados Unidos evoluiu nos últimos anos, mas uma coisa segue inalterada: a dificuldade de jogar contra o Brasil. Nesta quarta-feira, as duas seleções se enfrentam pela 17ª vez em um confronto que só terminou com resultado diferente de vitória brasileira uma vez: em 1998, quando os americanos venceram na semifinal da Copa de Ouro por 1 a 0. O jogo ocorre às 21h07 (de Brasília) no Estádio FeDex Field, em Washington.

O confronto, é verdade, está mais parelho nos últimos anos. Porém, mesmo quando os Estados Unidos têm uma atuação quase irrepreensível, como na semifinal da Copa das Confederações de 2009, acabam superados pelo Brasil. Não à toa, o técnico Jürgen Klinsmann releva o fato de a Seleção jogar com um time de jovens nesta quarta e vê um possível triunfo como uma prova da evolução de seu trabalho visando a classificação para a Copa de 2014.

"É um dos melhores times do mundo. Eles gostam de controlar o jogo, e têm jogadores maravilhosos, não há dúvida. É interessante para nós vermos o que podemos fazer contra eles. Mostrará onde estamos, e nos ajudará na preparação para a Copa do Mundo", afirmou o treinador da seleção americana.

Pelo lado brasileiro, o desafio contra os Estados Unidos vale pela estabilidade. A Seleção busca a oitava vitória seguida, a maioria contra times de médio e pequeno porte, e tranquilidade para a sequência da preparação olímpica. O time de Mano Menezes vem de um triunfo convincente contra a Dinamarca e tem nos próximos dias amistosos marcados contra México e Argentina.

"Particularmente, eu prefiro o equilíbrio. Se fosse muito elogiado, chamaria a atenção que a atuação não foi para encher a Seleção de elogios. Prefiro assimilar a crítica, você as recebe com mais humildade do que o elogio. O elogio soa melhor. E nesse som melhor que você ouve, você pode se empolgar e ainda não está na hora de se empolgar. A vitória serviu para mostrar que as coisas não estavam tão ruins como diziam", desabafou Mano.

Desde que houve mudança na presidência da CBF, Mano Menezes passou a ser cobrado por resultados por José Maria Marin. Por isso, a sequência de amistosos ganhou uma importância maior para o treinador.

Time

Mano Menezes colocará em campo um time muito parecido com o utilizado contra a Dinamarca. As duas únicas novidades são as presenças dos santistas Rafael e Neymar, que se apresentaram diretamente nos Estados Unidos. Jefferson e Lucas deixam a equipe titular.

Mano desistiu da ideia de utilizar a partida como teste de jogadores candidatos a jogar a Olimpíada e priorizou a criação de um time como base. O atacante Alexandre Pato começa no banco, mas deve entrar ao decorrer do jogo. "A minha ideia é colocá-lo no segundo tempo", avisou Mano.

Estados Unidos

Os americanos encaram a partida como preparação para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. O time vem de cinco vitórias seguidas, incluindo a goleada por 5 a 1 sobre a Escócia. "Conseguimos impor o nosso ritmo, com boas combinações entre os meio-campistas e uma ótima produção dos atacantes", analisou Klinsmann.

A maior dúvida do treinador é a escalação do meia-atacante Clint Dempsey, do Fulham (ING), que se recupera de contusão. Depois de enfrentar o Brasil, os Estados Unidos disputam um amistoso contra o Canadá, no dia 3 de junho, antes de dar início às Eliminatórias da Concacaf, diante de Antígua e Barbuda.

A expectativa é de casa cheia no FeDex Field. Mais de 60 mil ingressos dos 70 mil colocados nas bilheterias foram vendidos.