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Bahia vence Botafogo em casa e abre vantagem na Sul-Americana

Romildo de Jesus/AE -
Igor Rabello disputa a bola com Clayton. O Botafogo fez uma boa partida na Fonte Nova
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Na briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Bahia e Botafogo deixaram de lado o torneio nacional nesta quinta-feira e fizeram um duelo movimentado pela Copa Sul-Americana. E quem se deu melhor no confronto de ida das oitavas de final, disputado na Fonte Nova, foi o Bahia ao superar o time carioca por 2 a 1, na Fonte Nova, abrindo vantagem na série.

Sem a pressão da luta contra o descenso, os times fizeram um confronto franco, equilibrado e com falhas dos goleiros nos três gols. E o Botafogo pode até reclamar da sorte, pois acertou duas vezes a trave adversária e ainda teve um gol evitado por Lucas Fonseca em cima da linha. Além disso, não conseguiu aproveitar a expulsão de Léo nos minutos finais.

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Igor Rabello disputa a bola com Clayton. O Botafogo fez uma boa partida na Fonte Nova (Foto: Romildo de Jesus/AE)

Os times voltarão a se enfrentar, agora no Engenhão, em 3 de outubro, sendo que o Bahia precisa de um empate para avançar ou de derrota por um gol de diferença, mas desde que marcando ao menos dois. Já vitória por 1 a 0 classifica o Botafogo às quartas de final, fase em que o adversário sairá da série entre Caracas e Atlético Paranaense - o time brasileiro venceu o duelo de ida, na Venezuela, por 2 a 0.

Antes, porém, eles terão compromissos pelo Brasileirão. Novamente em Salvador, mas no Barradão, o Botafogo vai enfrentar o Vitória no domingo. No dia seguinte, o Bahia visitará o Vasco, em São Januário.

O JOGO - Bahia e Botafogo foram para o jogo com estratégias diferentes, pois o time da casa escalou força máxima, enquanto o carioca poupou alguns titulares. Além disso, Zé Ricardo apostou em formação mais defensiva, com a utilização de três volantes - Jean, Rodrigo Lindoso e Bochecha.

Só que a estratégia do Botafogo ruiu no quarto minuto de jogo. Foi quando Nino Paraíba fez cruzamento, a defesa do Botafogo cortou mal e Ramires bateu de primeira, abrindo o placar na Fonte Nova, marcando aos 18 anos e em seu terceiro jogo entre os profissionais, o seu primeiro gol pelo Bahia.

O gol explicou o bom começo de jogo do Bahia, com marcação forte para forçar os erros do adversário e organização no ataque. E a situação do Botafogo pareceu piorar quando o time perdeu Valencia, lesionado. Mas foi exatamente aí que o time cresceu, explorando uma das deficiência do adversário: as jogadas aéreas. Desse modo, após cobranças de escanteio, quase marcou com Igor Rabello, Brenner e Lindoso.

A partir daí, o jogo se transformou em um toma lá, dá cá. O Bahia não manteve o mesmo nível do início do primeiro tempo, mas conseguia ser perigoso, mesmo abusando da ligação direta, e quando a bola passava por Nino Paraíba e Clayton. Já o Botafogo aproveitava as falhas defensivas para criar lances de perigoso. Mas lhe faltou um pouco de sorte para empatar o jogo, pois Rodrigo Pimpão e Brenner acertaram a trave.

O cenário da partida não se alterou muito no começo do segundo tempo. Os times seguiram fazendo um duelo franco na Fonte Nova. E com o Botafogo tendo dificuldades para ir às redes. Foi assim aos dez minutos, quando o time teve três chances claras no mesmo lance, mas não conseguiu marcar, com o Bahia sendo salvo por um corte de Lucas Fonseca em cima da linha.

E a competência que faltava ao Botafogo no ataque, o seu goleiro nesta quinta, Diego, também não teve. Quarta opção do elenco, o jogador, de 20 anos, colocou a bola para dentro do gol ao espalmá-la depois de cabeceio de Clayton, na sequência da cobrança de escanteio, aos 14 minutos.

Parecia ser um "balde de água fria" sobre o Botafogo. Mas o time conseguiu diminuir o seu prejuízo quase na sequência, aos 16, após falha do goleiro rival. No lance Luís Ricardo cruzou, a bola desviou, e Luiz Fernando finalizou de meia-bicicleta. Douglas espalmou a bola, fácil, e Rodrigo Pimpão empurrou para as redes.

O gol desarticulou o Bahia, que parecia não saber se defendia a vantagem, agora reduzida, ou buscava ampliá-la. E o Botafogo aproveitou para impor pressão. Só que aí o goleiro Douglas se recuperou ao fazer três defesas difíceis.

A situação do time da casa ficou mais complicada quando Léo foi expulso ao acertar com a mão direita o rosto de Luiz Fernando, o que provocou a sua expulsão. Foi a senha para o Bahia se fechar na defesa. O Botafogo ainda ameaçou em jogadas aéreas, mas não conseguiu arrancar o empate.

FICHA TÉCNICA

BAHIA 2 x 1 BOTAFOGO

BAHIA - Douglas Friedrich; Nino Paraíba, Douglas Grolli, Lucas Fonseca (Everson) e Léo; Elton, Gregore, Zé Rafael (Vinícius), Ramires e Clayton (Junior Brumado); Edigar Junio. Técnico: Enderson Moreira.

BOTAFOGO - Diego; Luis Ricardo, Marcelo Benevenuto, Igor Rabello e Gilson; Jean (Aguirre), Rodrigo Lindoso, Bochecha e Valencia (Luiz Fernando); Rodrigo Pimpão (Marcinho) e Brenner. Técnico: Zé Ricardo.

GOLS - Ramires, aos quatro minutos do primeiro tempo. Clayton, aos 14, e Rodrigo Pimpão, aos 16 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Pieró Maza (Chile).

CARTÕES AMARELOS - Jean, Gregore, Bochecha, Nino Paraíba e Igor Rabello.

CARTÃO VERMELHO - Léo.

RENDA - R$ 195.226,00.

PÚBLICO - 13.725 presentes.

LOCAL - Fonte Nova, em Salvador (BA).