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PT anuncia medidas contra Veja: "jornalismo de esgoto" 

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O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, sete medidas que o partido tomará contra a capa da revista Veja que foi às bancas nesta sexta-feira. O dirigente classificou a publicação como “jornalismo de esgoto” por ter veiculado declarações atribuídas ao doleiro Alberto Youssef de que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam conhecimento do esquema de corrupção da Petrobras.

“Não podemos tolerar que continue a ter tanta interferência no processo eleitoral através de matérias caluniosas, mentirosas, totalmente sem fundamento, sem fontes”, disse Falcão, no hotel em que Dilma Rousseff está hospedada, na Barra da Tijuca.

O PT entrará junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedidos de direito de resposta e para impedir a publicidade da reportagem em rádio, televisão e outdoors. A legenda solicitará também ao Ministério Público Eleitoral a apuração de abuso eleitoral por parte da revista, pela suposta intenção de tentar prejudicar a candidatura petista.

Na esfera penal, o partido buscará a investigação do jornalista Robson Bonin, que assina a reportagem, pelo crime de difamação, e providências junto ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ter acesso à delação premiada de Youssef, com pedido de apuração dos vazamentos. O PT também vai pedir indenização da publicação ao partido.

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Na avaliação do dirigente, a reportagem não deve ter influência no resultado eleitoral porque o eleitor não vê credibilidade em denúncias perto da data do pleito.

“Tem uma regra de todas as eleições que quanto mais se aproxima das eleições, menor credibilidade tem qualquer denúncia, mesmo que fosse uma denúncia veraz. Isso vale tanto para o PT quanto para eles. O eleitor não acredita mais. “Essa revista é um panfleto. Com todo respeito a vocês, eu chamo de jornalismo de esgoto”.

Para ele, o candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB), não deveria usar o assunto no debate. “Eu acho que estamos numa fase da eleição em que os candidatos devem se limitar a debater suas propostas, o que estão propondo ao País, inclusive hoje tem um bloco (com perguntas) de indecisos”, disse.