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NYT: diminuir a desigualdade social será uma luta longa no Brasil 

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O jornal americano The New York Times publicou um artigo nesta sexta-feira (24), onde diz que a desigualdade social ainda precisa de muita atenção no Brasil. A publicação afirma que em muitos indicadores, especialmente econômicos, o Brasil está pior do que era há quatro anos, quando o popular Luiz Inácio Lula da Silva deixou o cargo. Apesar dos esforços direcionados para reduzir a desigualdade, o Brasil continua a ser o 13º mais desigual do mundo, entre os mais de 150 países pesquisados, medida dada pelo índice de Gini. 

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Embora as deficiências da administração da atual presidente Dilma Rousseff estejam bem documentadas, algumas estatísticas a mantêm na corrida eleitoral, diz a publicação. O artigo lembra que o Brasil tem sido um dos países mais eficientes do mundo a reduzir a pobreza, diz o jornal. Seu programa, o Bolsa Família é, junto com aumentos do salário mínimo, pelo menos parcialmente responsáveis pela elevação de quase 36 milhões de pessoas da pobreza na última década. Este ano, o Brasil também foi retirado do Mapa da Fome, e o desemprego está em uma invejável taxa de 4,9 por cento. 

Embora os pobres do Brasil estejam vivendo melhor do que nunca, diz o NYT, a definição de sucesso, o acesso a bens de consumo é problemático para o futuro. Enquanto 95% dos brasileiros agora podem possuir uma televisão, apenas 57% têm acesso a esgoto. O endividamento das famílias está aumentando exponencialmente, e o crescimento da inflação vai anular o impacto do aumento dos salários. Desemprego indiscutivelmente não tem para onde ir senão para cima. 

É ingênuo acreditar que o próximo presidente terá o antídoto para curar problema da desigualdade no Brasil uma vez por todas. Embora o país tenha feito progressos  é muito mais difícil de diminuir a desigualdade do que é reduzir a pobreza. Independentemente de quem vencer, o desafio à frente é uma luta de várias gerações, e no Brasil está apenas começando a sua escalada ascendente.