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Huffington Post: especialistas estão atentos às eleições brasileiras

Analistas americanos avaliam possíveis investimentos na economia brasileira, após as eleições

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Em matéria publicada nesta segunda-feira (20) sobre as eleições presidenciais brasileiras, o Huffington Post aponta que analistas e especialistas acreditavam que Marina Silva, candidata pelo PSB –que apareceu no páreo da corrida política após a morte de Eduardo Campos -, e Dilma Roussef, candidata a reeleição pelo PT, estariam no segundo turno.

Após o resultado do primeiro turno, no dia 5 de outubro, no entanto, foi Aécio Neves, candidato do PSDB, e que aparecia em terceiro lugar nas últimas pesquisas, que passou para o segundo turno. No dia 26 de outubro, o candidato do PSDB e Dilma Roussef se enfrentarão nas urnas.

Segundo Huffington Post, as eleições para presidente no Brasil tem chamado a atenção da comunidade internacional. O Brasil é, atualmente, dono da sétima maior economia do mundo e ocupa a posição número um nas exportações de soja, entre outras comoddities. Além disso, segundo o jornal americano, o Brasil é um terreno promissor para a inovação empresarial . Um exemplo apontado pelo Huffington é a empresa brasileira de capital privado 3G, proprietária de nomes como: Budweiser, Burger King e Heinz, além de ser uma das poucas empresas com a qual  a Warren Buffet trabalha.

Ainda segundo o jornal americano, a Embraer chega a empregar milhares de americandos enquanto a Brasken é responsável por um dos maiores investimentos da história no estado americano da Virgínia. Segundo o jornal, Dilma tem feito progressos incríveis para melhorar a qualidade de vida da população carente no país. Os programas sociais implementados durante o seu governo ajudaram 40 milhões de pessoas a saírem da pobreza, mas o jornal levanta a questão de se somente isso seria o suficiente para que a atual presidente seja reeleita.

O jornal americano atribui as manifestações que abalaram o país em junho do ano passado à incapacidade do governo de Dilma de responder as necessidades da nova classe média, que exige serviços públicos de qualidade. Além disso, aponta que há um consenso na comunidade empresarial de que a economia brasileira foi mal gerida durante a sua gestão. Segundo o Huffington, o Brasil estaria passando por uma recessão, apresentando a menor taxa de crescimento em 16 anos.

Segundo o jornal, Aécio Neves representaria uma nova classe de líderes no Brasil que não encontram raízes na batalha ideológica entre direita e esquerda, mas por uma visão de inovação e modernização. No entanto, resta saber se ele seria a mudança considerada necessária, caso venha a se torna presidente.

Com a promessa de reformar o código tributário, Aécio poderia atrair novos investimentos, aponta o jornal. Apesar da política externa não ter sido um dos carros chefes de sua campanha, segundo o jornal, o candidato do PSDB se alinharia estrategicamente a alguns países procurando resultados concretos. Isso incluiria um realinhamento com potencial acordo de livre-comércio dos Estados Unidos.

Segundo o jornal, uma relação mais estreita entre Brasil e Estados Unidos serão necessárias caso qualquer um dos candidatos a eleição acabe vencendo. Contudo, o artigo chama a atenção para o que poderia significar envolver a economia de um dos maiores países emergentes no hemisférios dos Estados Unidos. De qualquer forma é esperado que setores americanos saibam discernir os melhores passos para lidar, seja qual for, com a administração brasileira.