ASSINE
search button

PT e Paulo Ramos, do Psol, oficializam apoio a candidatura de Crivella 

Compartilhar

O diretório do PT no Rio de Janeiro e o senador Lindberg Farias (PT) oficializaram o apoio à candidatura de Marcelo Crivella (PRB) pelo governo do Estado, em encontro na Associação Comercial nesta quarta-feira (8). O ex-deputado Luís Alfredo Salomão, um dos idealizadores do plano de governo de Crivella, anunciou que o deputado estadual Paulo Ramos (PSOL) também vai compor a Frente Popular e de Esquerda, e que estaria ainda hoje em encontro com correligionários para ampliar o apoio. Crivella já havia anunciado aliança com Anthony Garotinho (PR), em encontro em Campos nesta terça-feira.

>> Garotinho oficializa apoio a Crivella para disputa pelo governo do Rio

"Sempre tive o sentimento de que com o Pezão não dá. A partir de hoje, a militância do PT, a militância de esquerda vai mergulhar de cabeça na campanha do Crivella, que é sério e sempre foi firme na defesa da educação e na luta pelos mais pobres. Ele tem compromisso com o povo do Rio e sempre esteve ao lado do Lula e da Dilma. Essa aliança pode marcar um novo tempo na política fluminense. Vamos com vontade. No fim de semana já quero estar nas ruas ao lado do Crivella", anunciou Lindberg, que teria pedido que o candidato do PRB incluísse inclusão de pontos relacionados à Educação em seu programa

Crivella chegou ao local ao lado de Lindberg e Washington Quaquá, presidente regional do PT. O candidato do PRB reforçou que a aliança firmada com o PT é para estar ao lado do povo, e que é feita em nome da democracia. Se referindo a um grande desafio enfrentado por Lindberg na campanha ao governo, Crivella lembrou que os dois seguiram caminhos diferentes, mas se encontram agora, e que o apoio de Lindberg é de extrema importância, e que o credencia para cargos maiores. 

"Precisamos estar preparados", alertou Crivella, porque o PMDB "vai apelar para a baixaria, como fez hoje no debate", realizado durante a manhã em auditório na OAB-RJ. Crivella também aproveitou para destacar que José Dirceu ficaria satisfeito com a união dos candidatos e partidos, se estivesse presente na ocasião. 

O candidato ao governo do Rio também ressaltou que o palanque que será formado em apoio à Dilma Rousseff será sincero, e não como um palanque "anfíbio", "hermafrodita", se referindo à "traição" do palanque criado pela chapa "Aezão", e reforçando seu apoio à candidatura do PT pela presidência. 

"Em 12 anos de vida pública, vocês nunca viram um voto ou discurso meu contra os trabalhadores. Nossos adversários vão tentar transformar essa eleição numa baixaria, mas não podemos temer nada quando temos ao nosso lado essa militância aguerrida que se transforma quando veste essa camisa estrelada", declarou Crivella.

Washington Quaquá, por sua vez, destacou que a união com Crivella representa a força política que pode acabar com o governo do PMDB no Rio de Janeiro, e afirmou que não vai poupar esforços durante a campanha do candidato do PRB. Para Quaquá, ao formalizar seu apoio à candidatura de Lindberg no primeiro turno, o PT saiu da área de influência do PMDB - que, por sinal, disse, seria uma aliança forçada para "cumprir papéis políticos". A aliança, ponderou, acabou permitindo que milhões de brasileiros saíssem da miséria, com os programas desenvolvidos pelo governo feral. Mas agora, contudo, teria chegado o momento de refletir sobre o significado de alianças que já não serviriam mais. 

"Os petistas que estão com o Pezão já estavam traindo a gente desde o primeiro turno. Temos maioria no diretório, mas abrimos mão do apoio formal para não dar motivo para se disseminar o movimento Aezão, mas posso garantir que mais de 80% do PT está com Crivella. Os generais do PMDB dizem que estão com a Dilma, mas a tropa faz campanha pro Aécio. A Frente Popular e de Esquerda não está sendo formada só para essa eleição, vamos pensar mais à frente, como na disputa pela Prefeitura daqui a dois anos", disse Quaquá.

Quaquá apontou ainda empecilhos que impediriam o progresso, com nomes como o de Eduardo Cunha, líder do PMDB na câmara federal, que foi apontado pelo presidente regional do PT como um "câncer no Congresso Nacional", que não permite as mudanças propostas pela presidente Dilma Rousseff. "O PT foi retirado pelo Lindberg das garras do PMDB", comentou.

"O PT está ao lado do Crivella por ele ser íntegro", completou Quaquá, reforçando uma necessidade de afastar nomes como o do deputado Paulo Melo (PMDB), Jorge Picciani (PMDB), e Eduardo Cunha do Congresso. 

Rosangela Zeidan, eleita deputada estadual pelo PT, também presente no encontro, comentou que o Crivella pode agora contar com a militância de seu partido - que esteve presente em um número de 150 pessoas, com gritos de incentivo à candidatura de Crivella e Dilma. 

Além de Nilton Salomão, Quaquá e Zeidan, estiveram presentes outros nomes políticos como Fabiano Horta, eleito deputado federal pelo PT no Rio, Inês Pandeló (PT), entre outros. Benedita da Silva, eleita deputada federal pelo PT, também compareceu, mas enviou afirmativa do apoio.