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Candidatos ao governo do Rio participam de debate da Bandeirantes

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Os candidatos do governo do Rio de Janeiro Lindberg Farias (PT),  Luiz Fernando Pezão (PMDB), Anthony Garotinho (PR), Marcelo Crivella (PRB) e Tarcísio Motta (Psol) participam, na noite desta terça-feita (19), de um debate no Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul, promovido pela Rede Bandeirantes.

No primeiro bloco do debate, cada candidato escolheu outro para responder a uma pergunta. Garotinho foi o primeiro sorteado para fazer pergunta, e escolheu Pezão.

Garotinho citou a tragédia na região serrana e lembrou que o TCU e o MPF ajuizaram ações por causa dos recursos destinados pelo governo federal e estadual, que não teriam sido aplicados. Pezão destacou que tinha orgulho de sua atuação na região serrana. "Fizemos o maior socorro de todos os tempos em uma calamidade", destacou, citando as moradias, indenizações e obras realizadas. "Não me arrependo de nada do que fiz na serra."

Na réplica, Garotinho disse que havia processos na Vara Criminal e no Ministério Público contra assessores de Pezão, citando os nomes de Affonso Monnerat e Hudson Braga. O governador retrucou: "Se é para falar de responder processo, você é campeão. Abrir processo no TCU é prática da democracia", disse, defendendo seus assessores. "Tenho orgulho deles."

Na sequência, Pezão perguntou a Crivella sobre seu projeto para a profissionalização de jovens. Crivella criticou os atuais cursos, assim como a baixa geração de empregos no Rio. "Precisamos mais. Houve um crime contra os Cieps e não quero ver o mesmo crime contra as UPPs. Precisamos de escolas em tempo integral." Na réplica, Pezão destacou o incentivo às empresas no governo do Estado em parceria com o governo federal.

Em seguida, Crivella perguntou a Lindberg sobre a questão do transporte, lembrando que boa parte dos subsídios no setor vão para os ônibus. Lindberg destacou a diferença de investimentos no que chamou de Rio "do cartão-postal" e o Rio pobre. "Existem dois Rios. Quero unificar, derrubar este muro do Rio rico e do Rio esquecido", disse, lembrando os altos investimentos para o metrô na Zona Sul em contraponto com os investimentos em transporte na Baixada. "E a Linha 3? No Rio, o quatro vem antes do três", disse, se referindo ao trajeto de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí cujas obras não começaram." Lindberg afirmou ainda que o governo não tem controle sobre as empresas de ônibus e a Fetranspor. "Estado tem que fiscalizar. Vou olhar para todos. Isso eu aprendi com Lula. No Rio há uma velha política. Pezão era braço direito de Garotinho, foi secretário de Rosinha e vice de Cabral. É preciso construir um novo caminho."

Na sequência, Lindberg perguntou a Tarcísio Motta sobre investimentos na educação. Motta destacou que os professores apenas precisam ter condições para trabalhar. "Não precisa nada mirabolante." Motta lembrou ainda que o professor está desvalorizado e que é preciso recuperar escolas.

Lindberg complementou afirmando que gostaria que o PT saísse do atual governo do Rio, que agiu com violência contra os professores. "Educação foi minha prioridade em Nova Iguaçu. O Ciep do Século 21 é um grande projeto", disse, referindo-se a um dos seus programas.

Em seguida, Mota perguntou a Garotinho sobre o programa Nova Escola, de seu governo Rio. "Foi um fracasso. Você vai fazer diferente?"

Ao responder, Garotinho aproveitou para voltar a atacar Pezão, afirmando que o governador não respondeu o que aconteceu com o dinheiro destinado à região serrana. "Não se brinca com o sentimentos das pessoas."

Em seguida, Garotinho afirmou que seu governo terminou com 80% de aprovação. "Prova disso foi que minha candidata foi eleita no primeiro turno. O Nova Escola era diferente" disse, afirmando que seu governo trouxe a meritocracia para a educação.

"Salário justo? Aquele que você pagava?", questionou Motta, que disse que era professor da rede estadual na época do governo Garotinho, e a meritocracia era inexistente. "As escolas que ganhavam dinheiro eram apenas as com o menor número de professores", afirma. Por sua vez, Garotinho chamou Motta de mal informado, e afirmou que, durante a sua gestão, foram contratados 78 mil funcionários públicos, dentre eles, 15 mil professores.

Na sequência, todos responderam a uma pergunta feita por telespectador pelo Twitter, sobre a possibilidade de desmilitarização da Polícia. 

Garotinho afirmou que medida é um "processo", mas  que o estado tem que ainda trabalhar com a prevenção do crime e com a modernização dos aparatos da PM. Já Pezão afirmou que Rio não está preparado para a desmilitarização. "Chegamos ao governo e os carros estavam sucateados. Hoje  estamos abrindo concurso para formar mais policiais e levar segurança a todos os locais do estado."

Lindberg afirmou que é a favor da desmilitarização, mas que antes é preciso mudar a polícia do Rio. 'É preciso respeitar o trabalhador. Eu tenho dito que nós vamos manter UPPs. Mas só isso não basta. Quero fazer a reforma da polícia e promover políticas públicas para a juventude. A polícia hoje é preparada para o enfrentamento da guerra. Só com ocupação policial não resolve, tem que ter escola. Quero mudar a política de segurança."

Já Motta afirmou que é "totalmente" a favor da desmilitarização, lembrando que o assunto foi tema de protestos. Segundo ele, é preciso valorizar o trabalhador e evitar que novos casos de violência, como o desaparecimento de Amarildo e as mortes da Claudia e de DG, aconteçam. 

Crivella afirmou que "nenhum homem público com bom senso aceita a atual violência do nosso estado." Para ele, é preciso "mudar tudo, principalmente com treinamento. O cidadão precisa se aproximar dessa polícia. A maioria das pessoas da comunidade são pessoas de bem, que não querem viver sob o comando do tráfico."

Em outra pergunta do público, morador de São Gonçalo questionou quais as propostas dos candidatos para a segurança pública.

Crivella afirmou que a segurança chegou ao ponto de um "completo descalabro". Para o candidato é preciso treinar homens e ter uma corregedoria. "Podemos fazer um Batalhão de motociclistas, que é uma proposta do meu vice, que foi encarregado da visita do Papa Francisco ao Brasil. Com o Batalhão de Motociclistas, poderemos estar em muitos lugares ao mesmo tempo."

Outro eleitor questionou a possibilidade de um melhor serviço das barcas, como Niterói e Paquetá. A resposta coube a Lindberg, que questionou o fato de ser a mesma concessionária a atender todas as regiões abastecidas pelas barcas. "Se eu tenho uma crítica ao governo do estado, é o transporte das barcas. Ninguém consegue me explicar por que não temos uma barca para São Gonçalo", disse, criticando ainda a falta de segurança em alguns pontos do estado. "No Leblon, temos um policial para cada 180 habitantes. Em São Gonçalo é um (policial) por 1.500. Isso é justo? Cada cidadão é um cidadão!"

O candidato Tarcísio Motta respondeu a pergunta de telespectador sobre mobilidade urbana e o trânsito do Rio de Janeiro. "O atual governo fez uma gambiarra na linha 1. É preciso abrir a caixa-preta dos transportes. Saiba, eleitor, quem financia a campanha de cada candidato. Quem diz que está governando para todo mundo está mentindo."

Um eleitor questionou os avanços contra a discriminação com o público LGBT. O candidato Pezão destacou que é contra a discriminação e afirmou que a gestão dele e de Cabral avançou muito nos direitos sociais. "Temos um projeto que foi aprovado e defendido pelo ministro Barroso no STF, com unanimidade pelos ministros, garantindo os direitos civis."

Em pergunta de telespectador dirigida a todos os candidatos, foi questionado qual era o plano para o transporte complementar.

Pezão afirmou que seu governo legalizou as vans. "Colocamos o bilhete único intermunicipal, que é o único intermunicipal no país, a maior transferência hoje que se faz no bolso do trabalhador", disse, acrescentando: "Nunca se investiu tanto em trens."

Já Lindberg aproveitou para alfinetar Pezão: "Não fala da Baixada". O candidato do PT afirmou que vai fazer o Metrô para a Baixada, e que legalizou o transporte alternativo em Nova Iguaçu. "Tem uma coisa que aprendi com o Lula, que é valorizar os mais pobres."

Tarcísio Motta reforçou a necessidade de haver um sistema de transporte transparante. "A questão é trabalhar o transporte em rede, e dar transparência aos atos da administração pública". 

Já Crivella falou de seu passado: "Passei por uma universidade privada e tive que dirigir táxi para pagar meus estudos. Sei como é duro trabalhar no trânsito do Rio. Quero dizer a você que é motorista ou dirige uma van, que o meu governo vai governar pra você. Esse transporte complementar não pode ser feito pelas empresas de ônibus". 

Por sua vez, Garotinho atacou o governo Cabral. "Cassou mil concessões dadas por mim para o transporte alternativo. Com orgulho e alegria sou considerado o padrinho do transporte alternativo. O governo do Rio é comandado pelos empresários de ônibus."

Perguntas de jornalistas

Em seguida, tiveram início as perguntas de jornalista da Band. Guto Abranches falou sobre o crescimento da economia fluminense. "Mesmo com um provável baixo crescimento no país, como o Rio pode demonstrar bom crescimento nos próximos quatro anos?"

Pezão lembrou que seu governo trouxe 326 mil empresas nestes últimos sete anos e meio. "Temos a menor taxa de desemprego do país. Vamos continuar a investir forte na atração de investimentos para interior do estado. Vamos solidificar o segundo polo siderúrgico do país. Vamos continuar com um ambiente propício para a área petrolífera."

Lindberg Farias foi mais além. "Não vamos ficar dependentes apenas da indústria do petróleo. Temos que investir na industria criativa, de entretenimento. Estamos aproveitando mal os recursos do royaties do petróleo. Temos que investir mais em educação."

Ariane Carvalho perguntou sobre os planos de governo para a área de cultura.

Tarcísio Motta destacou que era preciso territorializar o orçamento da cultura. "Aquela cultura produzida nas comunidades, nas periferias. Esse é o primeiro elemento", disse acrescentando que vai democratizar os editais. "Está na hora de gerar empregos a partir da gestão da cultura. Produzir a cultura a partir da escola, fazendo de cada escola um polo de produção cultural."

Crivella afirmou que é preciso dar mais para quem tem menos acesso. "A vocação cultural do povo é grande."

O jornalista Jorge Eduardo perguntou sobre a despoluição da Baía de Guanabara, lembrando que desde 1994 existem políticas para despoluição

Garotinho lembrou do programa desde o período de Brizola, com aporte de financiamento internacional. "Fizemos esforços grandes, estações de tratamento, como a Estação Alegria. Mas o centro dessa questão é tratar não só o esgoto. Além dos esgotos, é preciso tratar os rios."

Já Pezão citou o fechamento do Aterro de Gramacho. "Vamos agora, em 90 dias, inaugurar uma nova estação de tratamento", disse, falando ainda sobre uma licitação que será aberta com novo aporte de R$ 1,2 bilhão para novas estações de tratamento na região de São Gonçalo. "Teremos até 2016, 80% do esgoto tratado."

Internautas

Em nova pergunta enviada por internautas, foi levantada a questão da migração da violência para áreas sem UPPs

Para Crivella, é preciso mostrar a essa população que "não vale a pena cometer crime", e que é preciso aumentar o efetivo, fazer mais concurso e melhorar o treinamento. "A culpa não é da UPP, mas de governos anteriores". Para Crivella, é preciso gerar emprego onde as pessoas moram. "As pessoas vão ter acesso a uma renda e trabalhar perto dos seus filhos para que não sejam amanhã levados para o narcotráfico. 

Já Garotinho destacou que nunca afirmou que iria acabar com as UPPs, mas que só UPP não resolve. Ele prometeu um Batalhão de Defesa Social. "Eu não vou acabar com UPP. Vou aprimorar."

Maconha 

Pelo Twitter, foi enviada pergunta sobre a legalização da maconha.

Tarcísio Motta afirmou que a questão não deve ser liberação da maconha, "pois atualmente ela já está liberada." Para ele, é preciso legalizar a maconha para ter um maior controle sobre a venda, e assim, programar uma melhor campanha educativa."

Lindberg afirmou ser contra a legalização da maconha. "Queremos apresentar um plano para disputar essa juventude, ter ensino técnico profissionalizante".

Crivella também afirmou ser contra a legalização, e citou a Holanda, onde empresas foram fechadas por problemas de funcionários com drogas. "O acesso às drogas é um retrocesso."

Garotinho também se disse contra a legalização. "Essa questão não funcionou em outros países."

Cotas

A jornalista Mariana Procópio perguntou sobre o sistema de cotas

Lindberg aproveitou sua resposta para alfinetar Garotinho: "Antes queria me dirigir ao Garotinho, que governou Campos por vário mandatos, cidade que recebe mais de R$ 1 bilhão de royalties por ano. E Campos está em último lugar no Ideb na região Sudeste. Eu me envergonharia desses números", disse, para em seguida afirmar que era favorável à política de cotas. "Votei no Senado, iniciativa do Lula. Está abrindo caminho para o filho do trabalhar que estava fora das universidades. 

Já Tarcísio Motta afirmou que era preciso dizer que o cotista tem melhor desempenho às vezes. "O que precisa é fazer assistência estudantil e política de permanência para que ele tenha condições de concluir. É grande o desafio. Significa também melhorar a própria universidade. A política de cotas é acertada, mas precisa ser temporária, porque o ensino básico é para todos."

Garotinho rebateu a provocação de Lindberg: "Gostaria de registrar aqui a profunda falta de memória do candidato Lindberg, que insiste com a mentira de que Campos cresceu 12% em relação ao Ideb. Os índices estavam tão baixos  que mesmo crescendo 12% durante a gestão da Rosinha, continuaram baixos. Desafio que ele visite as escolas feitas pela prefeitura da gestão Rosinha, prefeita com o maior índice de aprovação em todo o estado."

 Garotinho aproveitou para ironizar as respostas sobre cotas. "Queria agradecer todos os elogios da politica de cotas, porque o primeiro estado a implantar essa política foi o meu. Eu implantei a política na Uerj. Em seguida vieram as universidades federais e outras estaduais. Então agradeço todos os elogios."

Convidados

O debate contou ainda com perguntas de convidados. O sociólogo Luis César Ribeiro questionou sobre propostas para melhorar a Cedae e o saneamento básico e ambiental para o estado.

Lindberg afirmou que era preciso fazer uma mudança de planejamento para a região metropolitana do Rio. "Os moradores da Baixada questionam sempre: 'Como falta água sempre aqui se o reservatório de Guandu está aqui?' Tem gente falando de Guandu 2, mas poderia ter sido resolvido o problema de falta d'água com troncos. Mas o governo preferiu investir em melhorias no Maracanã."

Já Pezão afirmou que a Cedae tinha uma grande dívida e que seu governo, em parceria com a União, conseguiu pagá-la, através de um empréstimo obtido junto a Caixa Econômica Federal. "Nós criamos agora um órgão para administrar a Região Metropolitana, para pensar em políticas públicas para a Baixada Fluminense. A Cedae dava um prejuízo enorme. Pagamos uma dívida imensa. Vamos inaugurar outros reservatórios. Vamos fazer  o complexo do Guandu 2, investir firmemente no saneamento da Baixada."

O Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, perguntou sobre a crise da água no estado do Rio.

Pezão afirmou que o governo tem feito "grande esforço" com ministra (do Meio Ambiente) Izabella Teixeira. "A gente sabe o que sofre a cidade de Piraí com aquele impacto do Paraíba do Sul. A gente está numa grande politica hoje de fazer reflorestamentos. A Secretaria do Ambiente vem incentivando a proteção de todo o Rio Paraíba do Sul, disse, afirmando ser preciso melhorar o cuidado com as nascentes. "Investiremos mais nas cidades que sofrem com as cheias do Rio Pomba."

Já Garotinho lembrou que foi construída, no fim do governo do Governo Rosinha, a nova adutora de água da Baixada, que está pronta, "mas não foi utilizada porque falta uma ligação dela com os municípios." "Gastou-se R$ 1,5 bilhão para reformar o Maracanã, e falta água na Baixada. A adutora está pronta. É só ligar. Não ligaram inexplicavelmente por pressão da área mais nobre do Rio."

O psicanalista Luiz Alberto Py perguntou aos candidatos por que eles merecem mais o voto do que os outros.

Garotinho afirmou ter um 'conjunto de qualidades', e se considera "experiente" para administrar o Rio de Janeiro. "Já governei o Rio, disputei a Presidência. Construí o Cederj, implantei 60 programas sociais, um deles muito conhecido, o restaurante popular. Os maiores investimentos privados, como a Companhia Siderúrgica do Atlântico, a reabertura dos estaleiros. Este governo que está aí não construiu um batalhão de polícia. Eu construí o da Maré, de Copacabana, o de Barra, de Belford Roxo. Mereço o seu voto, não estou dizendo o que vou fazer, há uma história de administração. Tive erros, mas quem não teve? Minha sucessora foi eleita no primeiro turno, com o apoio do Crivella e do Pezão."

Já Crivella afirmou: "Essas questões, eu fiz, eu sou melhor... isso aí não adianta". O candidato destacou os investimentos do governo federal, do qual fez parte, e ressaltou que sabe trabalhar em equipe e que é "importante fazer pela civilização."

Pelo Twitter, mais uma pergunta de internauta questionava a falta de água na Baixada Fluminense.

Tarcísio Motta afirmou ser "um tremendo absurdo". "A gente precisa garantir, mas isso não vai acontecer com o governo atual. Precisamos preservar os mananciais de água. A crise entre São Paulo e Rio é por falta de planejamento. Não é bairrista, tem que ser tratada com técnicos, universidades".

Crivella lembrou que há 30 anos era engenheiro do Estado do Rio e já se discutia a questão da água. "Eram 1.200 engenheiros. Hoje são apenas 400. Como se vê, o quadro foi desmantelado. Não é falta d'água. A água está no local errado. Em vez de investir em adutoras, investe-se em carros-pipa, que tem um custo 30 vezes maior. É uma questão de engenharia. Sou engenheiro, conheço esse problema e dá para resolver".

Garotinho afirmou que a questão da água está resolvida porque a adutora já foi feita pelo governo da Rosinha"

Pezão disse que vai continuar a investir fortemente na Cedae. "Vamos investir em mais de 800 Km de adutoras, fazer o Complexo do Guandu 2. As primeiras obras devem ser iniciadas ainda este ano. Temos orgulho de ter recuperado a Cedae junto com os servidores. A Cedae hoje é uma empresa que pode ir ao mercado."

Lindberg afirmou não ser contra fazer Guandu 2, "mas sim da água não continuar a chegar na Baixada". "Lá funcionam sete reservatórios. Por que não fizeram a ligação dos troncos e elevatórias?"

Quinto bloco

No quinto bloco, novamente os candidatos responderam a pergunta enviada pelo Twitter, que questionava como fazer para desonerar a carga tributária para atrair mais emprego.

Tarcísio Motta afirmou que era preciso apoiar o pequeno produtor da favela, citando investimentos para os mais velhos e  Justiça fiscal.

Lindberg destacou que essa era uma questão que dizia respeito a "essa política é velha no estado do Rio de Janeiro. Temos que construir uma política de desoneração na Baixada Fluminense. Temos que ter planejamento."

Por sua vez, Pezão afirmou que o país tem que passar por uma grande discussão sobre a carga tributária. "Essa discussão que os deputados deveriam fazer no Congresso Nacional . O empresariado nacional não aguenta mais tanta taxas e tantos impostos. O país não aguenta mais a carga tributária que temos."

Garotinho enfatizou que era preciso medidas imediatas, entre elas "suspender os incentivos fiscais dos amigos do Cabral, citando o Werner Cabeleireiros e uma termas.

Já Crivella disse que o estado já desonerou muito a carga tributária. "Nosso orçamento já diminuiu. Acho que a gente pode ainda gerar empregos nas comunidades carentes. Sobretudo na Baixada Fluminense."

Considerações finais

Ao fim do debate, cada candidato teve um tempo para fazer suas considerações finais. 

Garotinho afirmou que queria retornar ao governo do estado para levar o metrô da Pavuna, passando pela Via Light até todos os municípios da Baixada. "Para pegar a Tribobó, que levei até Maricá, levar até o coração da Região dos Lagos. Quero ser governador para implantar o Batalhão de Defesa Social. Não é para acabar com UPP. Quero concluir a Universidade da Zona Oeste. Tenho serviços prestados em todas as cidades deste estado. Não há um único município onde não haja a marca do trabalho, da dedicação do governador Garotinho e da governadora Rosinha. A todos que estão me dando a liderança nas pesquisas, muito obrigado! Aqui tem um candidato da Globo, outro da Record, outro do mensalão. Eu sou o seu candidato, o candidato seu que está em casa".

Crivella afirmou que a política é o caminho pacífico para "resolvermos controvérsias". Morei dez anos na África, 12 no Sertão. Quero construir uma vida melhor para as pessoas. Quero ser o primeiro servidor público do estado. Cabral teve erros e acertos. Sou ficha-limpa. Não tenho nenhum processo em 12 anos, mas não estou aqui para julgar ninguém. Se você acha que é possível mudar, articular o Rio com o governo federal, vote Crivella!".

Tarcísio Motta agradeceu pela participação e pela audiência. "Vocês viram aqui pelo debate que tem candidato que coloca tudo como se as coisas estivessem às mil maravilhas, e outros que não assumem melhorias nos últimos oito anos. Aqui são quatro Cabrais, disse, referindo-se aos concorrentes. Tarcísio agradeceu a militância do PSOL, e disse que sua candidatura tem proposta. "Só a luta muda a vida. Muito obrigada."

Lindberg Farias agradeceu à Rede Band, à plateia, ao telespectador, e aos candidatos. "Me sinto preparado para ser governador. Comecei muito novo na política, como líder estudantil, na Paraíba. Vim para o Rio, fui trabalhar na Baixada, ser prefeito em Nova Iguaçu. Fui reeleito com mais de 60% dos votos. Fui pro Senado. Tem hora que a gente tem que apostar nesse novo caminho. Não vou ser governador para mudar tudo. Vamos mudar muita coisa que está errada, mas vamos continuar com coisas importantes. Todo mundo sabe que não dá para fazer tudo. Quero fazer essa campanha com propostas, para construir esse novo caminho. Um novo pacto com o Rio, em cima de três pontos. Olhar para todas as regiões, fazer o que o Lula fez no Brasil. Olhar para a Educação. Vai ser minha prioridade. Falo de Brizola porque Brizola teve coragem de fazer isso, escola de horário integral. E fazer democracia, escutar as pessoas, ter participação popular. Obrigado.'

Pezão também agradeceu ao grupo Band, aos candidatos e aos telespectadores. "Tenho orgulho imenso da minha trajetória política. Ganhei todos os prêmios de gestão deste país. Fui duas vezes prefeito, ganhei prêmio internacional com a inclusão digital. Tenho orgulho imenso de estar nesta eleição ao lado do maior homem público, meu vice, Francisco Dornelles. Vou levar a segurança a todo estado. Estamos contratando 6 mil policiais. Vamos levar segurança à Baixada, São Gonçalo, Niterói. Essa política libertou mais de 400 mil pessoas que viviam sob o jugo do tráfico. 'Vamos valorizar cada vez mais a educação. Tínhamos um dos piores salários do país. Hoje é segundo. Não é ideal, mas temos que fazer mais. Na Saúde, vamos ajudar os municípios, com as clínicas da família, tirando o arco metropolitano do papel. Muito obrigado."