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Driblando a lei, parentes se elegem em lugar de fichas-sujas

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Um grupo de candidatos a prefeito ameaçados pela Lei da Ficha Limpa usou uma brecha na legislação e driblaram a lei para chegar ao poder, renunciando às vésperas das eleições e colocando como substitutos filho, filha, mulher, neto, irmão, irmã, pai, sobrinho e até uma cunhada. A estratégia da renúncia seguida de substituição - permitida pelas regras eleitorais - foi adotada por 157 candidatos a prefeito com registros indeferidos pela Justiça. Desses, ao menos 68 escalaram familiares e o plano deu certo para 33 deles (48%), que venceram a disputa. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Conforme Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a transferência de candidatura para familiares "como se fosse uma capitania hereditária" é uma tentativa de burlar a legislação eleitoral e a atitude pode causara impugnação das candidaturas. Essas trocas de candidato ocorreram na semana da eleição e, em alguns casos, não houve tempo nem para mudar os registros das urnas.