Em campanha pró-tucanos em Alagoas, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) disse que o episódio envolvendo o presidenciável do PSDB, José Serra, e militantes petistas, acusados de jogar um rolo de fita crepe na cabeça de Serra, gera preocupações quanto ao clima pós-eleitoral. "Política é feita à base de conversas. Ninguém é meu inimigo", disse. "O que eu espero é que as lideranças tenham tranqüilidade neste momento".
Aécio chegou ao Estado depois de fazer campanha no Piauí. Ele deu entrevista na capital alagoana e partiu para a cidade de Arapiraca, no Agreste.
Em Maceió, o tucano voltou a lamentar o episódio entre Serra e petistas e disse que "não se poderia colocar a mão na cabeça de ninguém", referindo-se ao presidente Lula. "Não é para se minimizar o que ocorreu".
"Amanhã (depois da eleição) teremos que sentar com as lideranças do PT. Amanhã (domingo) iremos a Copacabana para um chamamento de democracia, paz, civilidade", afirmou o senador, referindo-se a um ato de campanha do PSDB na praia carioca, programado para este domingo.
Aécio Neves esteve no Estado para turbinar a campanha à reeleição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Ao lado dele, estava o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB.
"Aécio fez uma revolução em Minas Gerais. Temos no Nordeste governantes que pisam no chão, como Teotonio. Acreditamos em uma democracia que faça o melhor pelo Nordeste, que não divida o País. Somos uma coisa só: brasileiros", disse Guerra, antes de finalizar a entrevista.
Ele negou que José Serra esteja sendo "escondido" no programa eleitoral do Nordeste. Os tucanos alagoanos não mostram Serra, Aécio, nem os demais tucanos na televisão, mas apenas o presidente Lula. "Isso não existe", disse.