ASSINE
search button

Otimismo com comércio impulsiona bolsas da Europa, mas Milão cai com Atlantia

Compartilhar

A retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China impulsionou os mercados acionários da Europa, que fecharam com ganhos o pregão desta quinta-feira, 16. A única exceção foi a bolsa de Milão, puxada pela queda nas ações da Atlantia, que tem participação majoritária na operadora da ponte que caiu em Gênova, na Itália, causando 39 mortes. O índice Stoxx 600 registrou alta de 0,50%, aos 381,59 pontos.

O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, avançou 0,78%, aos 7.556,38 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, apresentou ganho de 0,83%, para 5.349,02 pontos. Já na bolsa de Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,61%, aos 12.237,17 pontos, ao passo que o Ibex 35, de Madri, ganhou 0,43%, para 9.427,40 pontos, e o PSI 20, na bolsa de Lisboa, registrou ganho de 1,29%, para 5.487,00 pontos.

O otimismo nos mercados foi motivado principalmente pelo anúncio de um encontro entre representantes comerciais de Washington e Pequim, que representa a retomada das negociações. O Ministério do Comércio da China (Mofcom, na sigla em inglês) informou que, a convite dos EUA, o vice-ministro chinês do Comércio e representante das negociações comerciais internacionais, Wang Shouwen, vai viajar a solo americano para conversas sobre comércio.

A informação foi confirmada pelo principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, em entrevista à rede CNBC. Ele advertiu, no entanto, que o presidente Donald Trump está comprometido a garantir um acordo bom.

O cenário positivo para o comércio global, no entanto, não foi o fator preponderante em território italiano, onde o índice FTSE MIB, da bolsa de Milão, recuou 1,83%, para 20.524,13 pontos, com destaque para a queda das ações da Atlantia, que encerrou o dia com recuo de 22,26%. Os papéis da empresa, que possui cerca de 88% da Autostrade per l'Italia, que operava a ponte que caiu em Gênova, chegaram a cair 26% durante a sessão.

O forte recuo nas ações da Atlantia aconteceu após um aviso da própria companhia de que seus acionistas poderiam ser afetados pelas consequências relacionadas à queda da ponte. Autoridades italianas, incluindo o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, disseram que a companhia deve perder suas licenças rodoviárias, o que pode ser anunciado ainda nesta quinta. O mau desempenho contaminou outras operadoras de rodovias, com destaque para a queda de 10,50% nos papéis da ASTM.

Investidores ainda acompanharam os resultados das vendas no varejo do Reino Unido, que cresceram 0,7% em julho ante junho na leitura do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país, o que surpreendeu analistas. A projeção era de aumento de 0,2% nas vendas.