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Ações da FCA registram queda após saída de Sergio Marchionne

Montadora precisou fazer uma sucessão de emergência

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As ações da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) registraram quedas e oscilações na Bolsa de Valores de Milão, nesta segunda-feira (23), devido à notícia da internação do ex-CEO Sergio Marchionne, de 66 anos, cujo estado de saúde é considerado irreversível.

As ações da FCA chegaram a cair 4,3% nesta manhã, sendo cotadas a 15,71 euros. Os títulos da Ferrari também operam em baixa.

Marchionne está internado na UTI de um hospital de Zurique, na Suíça. Oficialmente, a montadora diz que o executivo passou por uma cirurgia no ombro direito e suas condições "pioraram" nos últimos dias, levando a empresa a uma sucessão emergencial. Com a internação de Marchionne, o ex-responsável pela Jeep Mike Manley assumiu o posto de CEO. Por sua vez, o executivo Alfredo Altavilla, responsável pela FCA na Europa, África e Oriente Médico (Emea), pediu demissão nesta segunda-feira. Ele era um dos nomes mais cotados para o posto de Marchionne e pediu demissão após a escolha de Manley.

Sua saída do grupo também tem impacto nas ações da FCA. O vice-primeiro-ministro italiano, Luigi di Maio, do Movimento 5 Estrelas (M5S), disse que a situação é "preocupante". "Devemos nos preocupar com o futuro da FCA, mas, ao mesmo tempo, quero ter certeza que a Itália é um país que investirá no setor automotivo e, sobretudo, nos carros elétricos", comentou.

Já o também vice-premier e ministro do Interior, Matteo Salvini, do partido Liga Norte, tentou acalmar os ânimos. "A FCA continuará e boas mãos, não haverá nenhum problema para os trabalhadores e nem para o futuro da empresa", afirmou. "Ninguém queria uma sucessão tão traumática e dramática". Tido como o "salvador" da Fiat, Marchionne comandava o grupo desde 2004. Muitos analistas acreditavam que ele adiaria sua aposentadoria para o ano que vem, dada a dificuldade de imaginar uma FCA sem o executivo.