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Ibovespa segue melhora de humor no mercado externo e sobe 1,96%

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A melhora da percepção de risco nos mercados internacionais teve efeito direto sobre o Índice Bovespa, que minimizou ruídos do cenário doméstico e terminou o dia em alta significativa, de 1,96%, aos 75.856,22 pontos. O pregão foi marcado por forte valorização de ações do setor financeiro e de commodities, com indícios de ingresso de recursos externos, segundo avaliação corrente nas mesas de negociação. Os negócios somaram R$ 9,6 bilhões.

As altas das bolsas da Europa e de Nova York foram determinantes para o bom desempenho da Bolsa brasileira, principalmente no período da tarde, quando o Ibovespa ampliou os ganhos e chegou a subir mais de 2% (máxima de 75.897,89 pontos), na contramão do viés negativo dos mercados de câmbio e juros. As bolsas de Nova York subiram com a melhora na tensão comercial e com a inflação no varejo abaixo do esperado em junho.

No Brasil, as ações do setor financeiro repetiram os ganhos da véspera e subiram em bloco, com altas de até 5%. A expectativa em pelo início da safra de balanços corporativos foi um dos fatores apontados para justificar o comportamento desses papéis. As units do Santander terminaram o dia com alta de 5,64%, seguidas por B3 ON (+3,04%), Bradesco PN (+2,93%) e Banco do Brasil ON (+1,91%).

"Há expectativa de que os balanços dos bancos virão melhores no segundo trimestre. Os fatores são diversos, mas entre eles está a estimativa de que o setor será um dos menos afetados pela greve dos caminhoneiros, que comprometeu a produção e as vendas em outros segmentos", disse Ariovaldo Ferreira, gerente de renda variável da HCommcor.

O restabelecimento do fluxo de investidores estrangeiros na Bolsa em julho é fator que tem chamado a atenção dos profissionais do mercado. O mês tem sido marcado por uma desaceleração das saídas desses recursos, que somaram R$ 5,9 bilhões somente em junho. Na última terça-feira, 10, houve ingressos líquidos de R$ 656,5 milhões, levando o acumulado de julho a ficar positivo em R$ 592,7 milhões.

De volta à análise de ações, também foram destaque os papéis ligados a commodities, como Petrobras, Vale e siderúrgicas, todos reagindo à melhora do apetite por risco no exterior. Petrobras ON e PN avançaram 2,90% e 3,10%, nesta ordem. Vale ON avançou 3,25%, seguindo a valorização dos preços do minério de ferro no mercado à vista chinês.