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Dólar cai após retirada de risco Lula do radar e com leilão de linha

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O dólar opera em baixa ante o real na manhã desta segunda-feira, 25. O principal indutor do movimento de redução parcial de posições defensivas assumidas na sexta-feira (22) é a retirada do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da pauta desta terça-feira, 26. do Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro da Corte Edson Fachin, segundo um operador de câmbio.

Na sessão anterior, a previsão desse julgamento embalou a demanda no câmbio, que contrariou a queda do dólar no exterior, uma vez que havia temores de que Lula pudesse ser solto e conseguisse disputar as eleições, já que segue na liderança de intenções de votos em todas as pesquisas nas quais aparece, mesmo preso desde abril em Curitiba, onde cumpre a sentença de 12 anos e um mês no caso triplex.

Também contribui para o alívio a decisão do Banco Central de realizar nesta segunda uma oferta de até US$ 3 bilhões em linha de dólares à tarde, além da possibilidade de fazer leilão de swap extra no mercado futuro. O desempenho negativo ante o real está em linha ainda com a desvalorização externa da moeda americana frente seus pares principais, embora esteja na contramão do viés de alta predominante em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities.

No exterior, as bolsas são pressionadas e o dólar perde força após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar retaliar países que não retirarem "barreiras artificiais" contra produtos americanos.

Às 9h27, o dólar à vista caía 0,24%, aos R$ 3,7711. O dólar futuro de julho recuava 0,37%, aos R$ 3,7720. Mais cedo, a pesquisa Focus mostrou que a mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano subiu de R$ 3,63 para R$ 3,65. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,60.