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Stade Grid pagará mais pela CPFL

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A chinesa State Grid, controladora da CPFL Energia, elevou de R$ 12,20 para R$ 13,81 sua oferta para comprar as ações da CPFL Renováveis. A nova proposta foi entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na segunda-feira e representa um acréscimo de R$ 390 milhões no preço original de quase R$ 3 bilhões oferecido pela companhia asiática aos minoritários. A revisão não agradou aos acionistas detentores das ações, que devem questionar a oferta.

A revisão do preço foi feita após a CVM exigir, em maio, ajustes nos cálculos. A autarquia suspendeu a decisão de sua área técnica que definia um preço mínimo de R$ 16,69 para a Oferta Pública de Ações (OPA) - o que significava cerca de R$ 1 bilhão a mais no desembolso da chinesa.

No comunicado, a State Grid afirmou que analisou as determinações da CVM e, embora discorde do entendimento com relação ao uso dos números, fez os ajustes “como forma de demonstrar sua boa-fé e seus esforços para cumprir as exigências do colegiado da autarquia”.

A State Grid foi responsável por uma das maiores transações do País em 2016 ao adquirir o Grupo CPFL Energia. Entre a compra do controle e das ações no mercado, a empresa desembolsou algo em torno de R$ 25 bilhões. O negócio também incluía a compra das ações da CPFL Renováveis, uma subsidiária do grupo de energia. Foi aí que começou o conflito. A chinesa oferecia R$ 12,20 para adquirir a participação no mercado, bem abaixo dos R$ 25 oferecidos para os minoritários da holding. Os acionistas da Renováveis não aceitaram a proposta e entraram com uma reclamação na CVM, que em fevereiro decidiu a favor dos minoritários, fixando limite de R$ 16,69 para a oferta. A proposta no entanto, foi derrubada pela autarquia.