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Juros: taxas oscilam perto da estabilidade, após alta e queda com dólar volátil

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Os juros futuros perderam força pontualmente na manhã desta sexta-feira, 25, na esteira do dólar ante o real, mas voltam a oscilar perto da estabilidade, após terem iniciado a sessão em alta. O mercado passa por ajustes após as taxas terem subido fortemente na quinta-feira, 24, com inclinação significativa da curva diante dos temores de longo prazo com o quadro de deterioração fiscal e as eleições no País. A crise dos combustíveis que atinge a Petrobras segue no radar.

A greve de caminhoneiros expõe a fragilidade do governo Temer e, apesar do anunciou da noite desta quarta de um acordo com a categoria, a paralisação continua em várias partes do País, sustentando um pano de fundo de cautela, especialmente antes do fim de semana. No exterior, o dólar tem valorização ante as principais rivais e a maioria das emergentes.

Na quarta à noite, o governo anunciou um acordo para suspender a paralisação por 15 dias. O acordo prevê prazo de 30 dias para reajustes no preço do diesel, e não mais diariamente. Será mantido também o desconto de 10% no combustível por 30 dias. Até o fim do ano, o governo prevê gastar R$ 4,9 bilhões com essa política. Na prática, quem vai arcar com essa iniciativa será o contribuinte.

Nesta manhã, estradas seguem bloqueadas, postos ainda sem combustíveis e, em São Paulo, a SPTrans informou mais cedo que a manutenção da greve pode afetar a circulação de cerca de 50% da frota de ônibus da cidade.

O tráfego de caminhões continua interrompido nas rodovias de acesso ao Porto de Santos (SP), dando sequência à manifestação da categoria que completa o quinto dia consecutivo nesta sexta-feira, informou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse na noite desta Quinta-feira que a votação do projeto que suspende a cobrança do PIS/Cofins para o óleo diesel até o fim do ano será adiada, por causa do acordo anunciado entre governo e caminhoneiros. O projeto, aprovado Quarta-feira (23) na Câmara, poderia ser discutido nesta sexta-feira no Senado.

Às 9h46 desta sexta-feira, o DI para janeiro de 2019 indicava 6,660%, ante máxima em 6,675%, de 6,662% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2020 indicava 7,54%, de 7,570% na máxima, ante 7,54% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2021 a 8,670%, ante máxima em 8,71%, ante 8,69% no ajuste de quinta. E o DI para janeiro de 2023 estava a 10,14%, ante máxima em 10,19%, de 10,13% no ajuste anterior.

No mercado de câmbio, o dólar à vista subia 0,27%, aos R$ 3,6507. O dólar futuro de junho voltava a subir, em alta de 0,12%, os R$ 3,6515, após ter iniciado a sessão na máxima aos R$ 3,660 (+0,37%) e recuado pontualmente à mínima em R$ 3,6420 (-0,12%), reagindo à oferta de swap cambial extra de US$ 750 milhões, que foi vendida integralmente mais cedo.

Também nesta manhã foi divulgado que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,30% em maio, mostrando aceleração ante a alta de 0,28% registrada em abril. O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços avançou de 0,40% no mês passado para 0,49% no quinto mês, enquanto o índice referente à Mão de Obra desacelerou de 0,18% para 0,15% no período.