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Volkswagen denuncia protecionismo americano após ameaça de novas tarifas

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A montadora alemã Volkswagen criticou nesta quinta-feira o protecionismo do governo dos Estados Unidos após a ameaça de Donad Trump de impor novas tarifas aos veículos importados.

"Ninguém se beneficia a longo prazo do protecionismo unilateral", afirmou um porta-voz do grupo, antes de destacar que "apenas um comércio livre e equitativo garante a prosperidade".

O secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, abriu na quarta-feira uma investigação oficial sobre as importações de veículos, incluindo os caminhões e as peças de reposição, para determinar seu impacto sobre a segurança nacional dos Estados Unidos.

O estudo pode servir de base legal para adoção de tarifas de importação de até 25%, de acordo com The Wall Street Journal.

A VDA, a federação alemã de montadoras de automóveis, também expressou o "temor" sobre as consequências das tarifas neste setor estratégico da economia do país.

"Temos que evitar um aumento das barreiras alfandegárias", afirmou o presidente da VDA, Bernhard Mattes.

A BMW, líder no setor de carros de luxo, ressaltou que o "acesso sem barreiras ao mercado é um fator crucial, não apenas para o modelo econômico do grupo, mas também para o crescimento e o emprego no conjunto da economia mundial".

Em 2017 os veículos representaram 25% das exportações alemãs para os Estados Unidos, quase 29 bilhões de euros e 994.000 unidades vendidas.

As tarifas europeias aos carros dos Estados Unidos e dos países de fora da União Europeia (UE) são de 10%, contra 2,5% impostos por Washington aos veículos importados.

Mas o governo americano aplica tarifas de 25% aos caminhões e picapes, contra 14% em média na UE.