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Sem acordo, trabalhadores mantêm greve e Mercedes vai à Justiça

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Os trabalhadores da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo (SP), continuam em greve, iniciada na segunda-feira, 14. Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira, 22, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou que não houve avanço nas negociações com a montadora e que a empresa decidiu ingressar na Justiça do Trabalho.

Em campanha salarial, com data-base em maio, os 8 mil metalúrgicos na planta da Mercedes-Benz têm mantido a fábrica parada durante todos os dias da mobilização. Eles reivindicam um acordo coletivo que garanta reajuste incorporado aos salários, mudança no cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e manutenção das cláusulas sociais previstas no acordo anterior. Na última sexta-feira, os trabalhadores rejeitaram proposta da montadora que previa reposição pelo INPC mais um abono não incorporado aos vencimentos.

Para o diretor-executivo do sindicato e funcionário da Mercedes-Benz, Moisés Selerges, a decisão da fábrica representa um retrocesso em relação ao processo de negociação que sempre ocorreu entre empresa e a entidade sindical. "Foi precipitado. Na história dos trabalhadores na Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos numa mesa de negociações", avaliou. Para amanhã, quarta, está prevista nova assembleia em frente à empresa, às 7h30.

Em nota, a Mercedes afirmou que, "durante todo o período de greve, a empresa manteve a disposição em negociar e tentou um acordo com o Sindicato Profissional e os colaboradores dessa unidade". (...) "Considerando a continuidade da paralisação e a impossibilidade de uma solução negociada, a Mercedes-Benz do Brasil decidiu submeter a discussão à Justiça do Trabalho."