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Desemprego pode cair na América Latina pela 1ª vez em quatro anos

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Depois de atingir a taxa mais alta em 12 anos (9,3%) em 2017, o desemprego na América Latina pode registrar seu primeiro declínio em quatro anos em 2018, alcançando 9%, acompanhado por uma recuperação econômica modesta, disse nesta terça-feira (22) um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Em 2017, o número de desempregados bateu recordes na região, atingindo seu nível mais alto desde 2005, cerca de 23 milhões de desempregados nas áreas urbanas da região, segundo o estudo conjunto.

Para este ano, no meio de uma fase de "recuperação econômica modesta", na qual o PIB regional deverá crescer 2,2%, contra 1,3% em 2017, "projeta-se um ligeiro aumento da taxa de ocupação regional, o que poderia causar um ligeiro decréscimo na taxa de desemprego urbano - que ficaria perto de 9% -, o primeiro registrado desde 2014", afirma o relatório.

A evolução do emprego, junto com o aumento moderado dos salários reais, "ajudaria a fortalecer o poder de compra dos consumidores e contribuiria, desta maneira, para estabilizar a reativação econômica", acrescenta o texto.

O relatório também faz uma análise especial sobre a participação de idosos no mercado. O estudo afirma que metade das pessoas com mais de 65 anos da região não recebem uma aposentadoria formal - sendo as mulheres mais prejudicadas -, apesar dos avanços recentes na formalização do emprego e na expansão dos sistemas previdenciários.

Segundo o estudo, na América Latina "57,7% das pessoas de entre 65 e 69 anos e 51,8% das pessoas 70 ou mais anos de idade não recebem uma pensão de um sistema contributivo".

Sem acesso à aposentadoria, muitos idosos precisam continuar trabalhando. A proporção de pessoas que trabalham alcança 39,3% entre os 65 e os 69 anos e 20,4% nos 70 anos ou mais. O chamado "trabalho por conta própria" é sua principal fonte de renda.

Entre 2015 e 2050, estima-se que a proporção de pessoas com 60 anos ou mais na força de trabalho aumentaria de 7,5% a 15%, em um cenário de acelerado envelhecimento em diversos países latino-americanos.

pa/gm/ll/mvv