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BoJ mantém política monetária inalterada, mas reduz projeções de inflação

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O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve inalterada as diretrizes de política monetária, ao mesmo tempo que reduziu as perspectivas de inflação.

Por oito votos a um, o BC japonês decidiu manter sua meta para os juros dos bônus governamentais japoneses de 10 anos em torno de zero e a taxa de depósito de curto prazo em -0,1%.

A autoridade monetária ainda manteve o compromisso de comprar bônus governamentais num ritmo anual de 80 trilhões em ienes (US$ 732 bilhões), num movimento visto por muitos investidores como uma indicação simbólica de que o BC deve manter o compromisso com o afrouxamento monetário.

Ao divulgar as projeções para inflação, o BoJ alterou o discurso.

Anteriormente, a instituição havia dito que o núcleo do índice de preços ao consumidor deveria atingir o nível de 1,4% no ano fiscal corrente, que se encerra em março de 2019. Agora, a perspectiva é de uma taxa de 1,3%, longe da meta de 2%.

Para o ano fiscal de 2017, que se encerrou no último dia 31, a projeção passou de 0,8% para 0,7%. Para os anos fiscais de 2019 e 2020, a estimativa é de taxa de inflação de 1,8%.

Em relação à atividade econômica, a avaliação geral se manteve, mas as perspectivas melhoraram. A projeção de crescimento real para o atual ano fiscal saiu de 1,4% para 1,6%. Para o de 2019, foi de 0,7% para 0,8%, ritmo que deve se repetir em 2020.

A decisão foi a primeira desde que o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, foi reconduzido para um novo mandato. No início do primeiro, em 2013, ele havia dito que queria atingir 2% da inflação dentro de dois anos. Ele teve de adiar essa meta por seis vezes.

Como nas reuniões anteriores, o membro do conselho Goushi Kataoka era o único dissidente, dizendo que o BoJ precisava fazer mais para atingir a inflação de 2%. Fonte: Dow Jones Newswires.